quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DESAFIOS DE UMA FAMÍLIA MISSIONÁRIA - MCAPIBGOIÂNIA 2016

Falando sobre Choque Reverso e outros temas passíveis de serem experimentados por uma família missionária, a jovem Priscila Magalhães, esposa de pastor e mãe, dirigiu-se a um grupo de mulheres da Organização Mulheres Cristãs em Ação da Primeira Igreja Batista em Goiânia, na tarde do dia 08 de novembro deste ano de 2016. 

Estava recém-chegada a Goiânia, sua terra de origem, juntamente com o esposo, o PR. Ricardo Magalhães e dois filhos, vindos de Portugal, campo no qual serviram por cerca de dez anos como missionários, pela Junta de Missões Mundiais, da Convenção Batista Brasileira.

 

Apresentada pela irmã Maria Amâncio Gonçalves, da MCA local, como sua ex aluna no Seminário Teológico Batista Goiano e informando que ela é também graduada pelo CIEM (Centro Integrado de Educação e Missões- RJ), ela falou sobre os desafios de uma família missionária que retorna ao seu lugar de origem. Mencionou as adaptações a que a mesma fica sujeita, incluindo as financeiras e as emoções que envolvem todo o processo de um desligamento de um missionário com seu campo, com o qual ele estabelece profundos vínculos.
Choque Reverso

Afirmando que o sentimento de abandono pode ser uma realidade na vida do missionário, tanto no campo como depois do campo, falou ainda sobre o Choque Reverso, que é a sensação de estranheza que o missionário tem ao retornar ao seu ambiente de origem, que, segundo ela, com o tempo também sofre mudanças.  Enumerou algumas consequências emocionais provocadas por este choque, falando ainda sobre a necessidade de lidar com a dificuldade de adaptação dos filhos, por exemplo. Segundo ela, as crianças podem vivenciar um tipo de luto por saírem de seu país natal, seus quartos, seus brinquedos, sua escola, seus amiguinhos e encontrarem tudo novo, o que pode levar a uma situação de estresse ao grupo, nesta fase. Enfim, descreveu como um turbilhão de emoções causado por uma mudança familiar desta natureza, especialmente se a mesma vier a ocorrer de forma drástica ou abrupta.



Como última parte, ela traçou o perfil da mulher do Velho mundo, enumerando algumas peculiaridades. " Portas são sempre fechadas para visitas na Europa. E, como as pessoas não são muito abertas umas às outras, crianças e cachorros aproximam pessoas”. Informou, ainda, que muitos estudos bíblicos foram ministrados nos intervalos do preparo de receitas culinárias em casas, após difícil abordagem e relutante construção de confiança deles para com os missionários.



Considerações Pós- palestra


Ao terminar, a palestrante observou: "Mas, na incerteza, quando Deus sacode a gente, a gente busca mais a Ele. E Ele reponde". Justificou sua afirmação relatando dois episódios nos quais visualizou a clara intervenção divina em favor de sua família, nos dias em que se preparavam para deixar o campo. Depois da exposição da jovem missionária, o grupo fez algumas ponderações relacionadas ao que acredita ser um relativo desconhecimento sobre a visão de agências da própria denominação, como em particular, a mudança de ênfase da JMM, neste momento. O grupo fez ainda uma pertinente análise da conjuntura econômica mundial desfavorável. Focou mais na crise brasileira considerando-a consequência de uma profunda crise moral. Esta, por sua vez, teria levado a um gigantesco nível de corrupção, cujos tentáculos avançam a praticamente todos os setores da vida da sociedade. O que transformou o Brasil em um Caso literal de Polícia, com repercussão na vida de todos os brasileiros. E com não pouco sofrimento!
 



Imagens: MCAPIBGOIÂNIA (Suely Barcelos/fotografia).

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