segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

FAMÍLIA BORBA EM GOIÁS


Casa sede da Fazenda Lages, primeira residência da família BORBA, em Lages, no Estado de Goiás. Construída em 1912, era cercada pelos lados e fundos, por muros de pedra. À frente havia um curral em madeira de lei que tinha ao centro um poste grosso, roliço e liso, onde os negros da senzala dos fundos da casa eram comumente amarrados e torturados, à época da escravidão.

Entre os 5.562 municípios brasileiros e os 246 goianos está um pacato e de tal modo discreto, sobre o qual poucos dos 190.732.694 milhões de brasileiros, incluindo os seis milhões de goianos, já ouviram falar. Itapuranga, fundada em 1934 com o nome de Xixá, recebeu, onde é o atual Distrito de Lages, um ramo da Família Borba, que chegou à região sob o comando do patriarca mineiro Joaquim Antônio de Oliveira Neto.
Teodora Graciana de Jesus, morta em 1961, velada e sepultada na Fazenda Lages, ladeada pelos filhos. Da esquerda para a direita: (menininha), Crispim, Pedro Joaquim, Antônio Joaquim, Jovercina Graciana, Juca Davi, Lindor e Amador.

Imagem: Teodora Graciana de Jesus, em 20 de maio do ano de 1961 (Arquivo de Família)             

Imagem: Túmulo com os restos mortais do casal Joaquim Antônio de Oliveira Neto e Teodora Graciana de Jesus (Foto Cristocentrado do ano de 2015)
Imagem: Joaquim Antônio de Oliveira Neto, data não sabida (Arquivo de Família)
Imagem: Cemitério da Fazenda Lages pela entrada, de frente para o casarão (Foto Cristocentrado em 2015)

Imagem: Entrada de Cemitério em frente para o Casarão da Fazenda Lages (Foto: Cristocentrado, de 2015)
Imagem: Cemitério da Fazenda Lages visto pelos fundos (Foto Cristocentrado em 2015)                                            

Imagem: muro de pedra numa das laterais do antigo quintal do casarão da Fazenda Lages (Cristocentrado, de 2015)
Imagem: Vista de cima parte do muro de pedra do antigo quintal da sede da Fazenda Lages (Foto: Cristocentrado, 2015)
Imagem: parte do muro de pedras do antigo quintal da sede da Fazenda Lages (Cristocentrado, 2015)

Imagem: Casa construída próxima à sede da Fazenda Lages, antiga residência da família de Crispim (um dos filhos do casal Joaquim Antônio de Oliveira Neto e Teodora Graciana de Jesus. (Foto: Juvenil Alves de Moura em data não sabida).  
Imagem: Antiga residência da família de Crispim (construção próxima ao casarão, sede da Fazenda Lages (Foto: Juvenil Alves de Moura em data não sabida).
Imagem: Escola no povoado de Lages homenageando o patriarca da Família Borba (Foto: Cristocentrado de 2015)
Imagem: Entrada da Escola em Homenagem ao patriarca da Família Borba no povoada de Lages (Foto: Cristocentrado, de 2015)
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Depois da decadência do ouro, a região Centro-Oeste ficou estagnada até a construção das estradas de ferro e a expansão das lavouras de café, que contribuíram para o aumento da população e da produção agrícola no interior do país. As terras goianas, abundantes e de bons preços, atraíram a atenção dos imigrantes estrangeiros no começo do Séc. XX. Goiás, após este período, passou a figurar entre os Estados brasileiros exportadores de cereais, frutas, animais de criação e produtos derivados da pecuária. Os italianos se estabeleceram na Colônia Nova Veneza. Os portugueses se instalaram na Fazenda Capim Puba, no atual município de Goiânia. Os japoneses se estabeleceram em Anápolis. Os alemães inicialmente se fixaram em Santa Cruz e mais tarde, um número maior de alemães formou a Colônia Agrícola de Uvá. Em 1949, 200 famílias polonesas foram instaladas em Itaberaí. As estradas de ferro fomentaram ainda o movimento migratório interno para o interior do Brasil. Nesta época, afluíram para Goiás brasileiros de outras regiões, especialmente de Minas Gerais. Entre os grupos que chegaram ao Estado neste período, estava um ramo da Família Borba, que "apeou" na região de Itapuranga, no começo da década de 1940.

Os Borba em Goiás-Entre os poucos registros sobre a Família Borba em Goiás, os mais confiáveis encontram-se na obra Meu Senhor Dono da Casa-Os 50 Anos da Folia de Reis das Lages, de Jadir de Moraes Pessoa, Edson Pessoa e Edson Vianês, Edit. Gráfica e Editora O Popular,1993. Segundo os autores, a Família David de Borba, nome que deriva da fusão de três ramos de famílias (os Borba, os Rocha e os David) que se uniram no passado, chegou à Fazenda Lages na primeira metade do Século XX. Deslocaram-se de Minas Gerais liderados por Joaquim Antônio de Oliveira Neto (Joaquim David), casado com Teodora Graciana de Jesus e chegaram à Fazenda Lages comprada de Copérnico José de Barros, filho do Cel. Virgílio José de Barros, no ano de 1941. Para compreender um pouco sobre a Família Borba em Itapuranga é necessário remontar à própria História do Brasil Colonial, ao Ciclo do Ouro. Período em que se destacaram bandeirantes como Fernão Dias Pais, Bartolomeu Bueno da Silva (o segundo Anhanguera), Pacoal Moreira Cabral e Manuel de Borba Gato. Sendo que este último foi o mais ilustre Borba no Estado de Minas Gerais.

Os Borba Gato em Minas Gerais- Os Borba Gato chegaram ao Estado mineiro no final do Século XVII com a expedição do bandeirante Fernão Dias Pais. O genro e também sertanista Manuel Borba Gato, que acompanhou o sogro na excursão veio a sucedê-lo após sua morte no episódio conhecido da ilusão das pedras verdes. Então, o bandeirante Manuel de Borba Gato penetrou mais para o interior do País pelo Vale do Rio das Velhas e encontrou muito ouro e junto muitos problemas. Foi acusado de ser mandante do homicídio do administrador das minas, pelo que refugiou-se no sertão do Rio Doce onde descobriu mais ouro na região de Sabará e nos vales dos rios Sapucaí e Grande. Em 1700 obteve o perdão real e foi nomeado Guarda-mor do Distrito do Rio das Velhas, o que lhe garantiu poder e influência. Tornou-se, depois, Superintendente das minas por várias vezes. Foi Provedor de Defuntos e Ausentes e Administrador de Estradas, Juiz Ordinário de Sabará, Vereador da Câmara de Sabará, cidade que havia fundado em 1670 com o nome de Sabarabussu. Em 1701 recebeu enormes sesmarias entre os rios Paraopeba e das Velhas. Fundou os povoados de Sabará e de Caetés. Era casado com Maria Leite, filha do bandeirante Fernão Dias com quem teve três filhas, que se casaram com três portugueses. Curiosamente eram três Franciscos: Francisco Tavares, Francisco de Arruda e Francisco Duarte de Meireles, que retornaram a Portugal com suas famílias, por ocasião da Guerra dos Emboabas. Segundo historiadores, as famílias do bandeirante paulista, compraram, na Ilha de São Miguel (Arquipélago dos Açores), ricas propriedades. O famoso sertanista, Manuel de Borba Gato, faleceu em 1734, em Sabará Minas Gerais, com 90 anos de idade. Registros dão conta de que este Borba Gato morreu em paz e tranquilidade, apesar das tribulações e inquietações vividas durante grande parte de sua existência. A História conta ainda que uma das cinco irmãs do bandeirante, Ana de Borba Gato, com o esposo, também paulista, Pedro Correia de Godói, esteve entre os descobridores de ouro do Ribeirão do Carmo (atual Mariana, MG). O casal teria estado entre os pioneiros da região de Minas de Cuiabá e ainda se transferiu para a margem do Rio Miguel Garcia, em um sítio chamado Gualacho do Sul, na Zona do Carmo, MG, em 1702, onde permaneceram seus descendentes. Segundo Diogo de Vasconcelos, em História Antiga das Minas Gerais, outra irmã do bandeirante, Maria de Borba Gato e o esposo Manoel Rodrigues de Góis, foram fundadores e moradores em Caeté-MG. 


Quanto a estes, ao que tudo indica, retornaram para Santo Amaro-SP, onde Manoel Rodrigues Góis faleceu em 1734 e Maria de Borba em 1743. Outros relatos dão conta ainda de que, Baltazar de Borba Gato, um dos filhos de Manoel Pacheco Gato, que por sua vez era irmão de João de Borba Gato (o pai do mais famoso bandeirante Borba), casou-se com Leonor de Lemos. Segundo os mesmos, Baltazar de Borba Gato residiu em minas e faleceu em Vila Rica (atual Ouro Preto), tendo sido sepultado em Nazareth, após ser 'encomendado' pelo Padre Manoel da Costa Moraes.

A Família Borba Gato em São Paulo-Séc. XVII e XVIII- De acordo com o jornalista, professor e pesquisador Augusto de Athayde, em artigo no Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira (BIHIT v.50 p.275), os Borba Gato são originários da Ilha Terceira, no Arquipélago dos Açores-Portugal. Os primeiros a chegar ao Brasil, segundo outros relatos históricos, foram Belchior de Borba Gato e os sobrinhos Manoel Pacheco Gato e João de Borba Gato, dois dos filhos de sua irmã Beatriz de Borba Gato, que casaram com netas de do bandeirante Martim Rodrigues Tenório e se estabeleceram na região de Santo Amaro, ao sul da Vila de São Paulo, onde tiveram sítio e terras "na banda do além", isto é, além do Rio Geribativa, atual Rio Pinheiros. 


O português João de Borba Gato, casou-se com Sebastiana Rodrigues Pais e teve seis filhos: Manuel de Borba Gato, que viria a ser o famoso bandeirante em Minas Gerais; Maria de Borba (nascida por volta de 1652); Susana Rodrigues de Borba (nascida por volta de 1654); Paulina de Borba (nascida por volta de 1656); Ana de Borba (nascida por volta de 1658) e Isabel de Borba (nascida por volta de 1667). João de Borba Gato, possuía com a esposa, um sítio que haviam comprado do tio Belchior de Borba Gato e casas em São Paulo em frente ao Convento São Francisco. Ficou cego no ano de 1662 e viúvo em 1669.

Os Borba Gato em Portugal- Sabe-se que Beatriz de Borba Gato, nascida na Ilha Terceira no Arquipélago dos Açores, era casada com o fidalgo português Manuel Pacheco Linhares, natural da mesma ilha ou da Ilha de São Miguel, do mesmo arquipélago. E que os três Borba Gato que deixaram Portugal e constituíam famílias no Brasil, mais especificamente em São Paulo, a partir do Séc. XVII, eram parentes próximos de Beatriz de Borba Gato. Belchior de Borba Gato era irmão e Manoel Pacheco Gato e João de Borba Gato, filhos. Historiadores registraram ainda que mais tarde, as três filhas do bandeirante Manuel Borba Gato, casadas com três Franciscos portugueses, retornaram à Ilha de São Miguel-Açores em Portugal, onde adquiriram ricas propriedades. Hoje, na parte continental do território português, região do Alentejo, está incrustrado um belo vilarejo- com vinhedos e mármore- com o nome de Borba. No norte brasileiro encontra-se, na região do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, uma charmosa cidade fundada em 1888, chamada Borba. E em Minas Gerais há outra cidade, fundada no Ciclo do Ouro, com o nome de Borba Gato. Certo é que os BORBA, espalharam-se em profusão, "tanto lá, quanto cá".

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Certo também é que, esta como qualquer outra história de família, deve ser investigada pelo maior número possível de pesquisadores sérios, para que sejam preenchidas as principais lacunas e dirimidas as dúvidas mais incômodas. Desejei contribuir com tal construção, que poderá ser reconstruída muitas e muitas vezes, segundo outras leituras e apartir de outros elementos. Por enquanto, penso que o povo Borba, esqueceu de falar de si mesmo, envolvido que foi com o ouro e com a vida. Mas acredito também que, nos dois casos, tem aprendido as lições do velho provérbio português/brasileiro: "Nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que alveja é prata".

Carmelita Graciana de BORBA.

32 comentários:

  1. Cara Carmelita,parabenizo-a com o mais sincero afeto por tão belo e aprimorado trabalho,sou natural de Tiros MG e moro em Tiete-SP,descedente dos Borba,sobrinho bisneto do Coronel Joaquim Davi,há tempos venho fazendo uma pesquisa sobre nossa família,gostaria portanto,se possível de entrar em contato com você.Aquele abraço!
    Ronan Henrique de Borba
    ronandeborba@yahoo.com.br

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  2. Caro Ronan Borba,

    Obrigada pelo contato e pelos elogios.
    Tenho investigado o assunto nestes últimos 15 anos. Porém sei que o trabalho pode ser aprimorado e mesmo reescrito.
    Se você quiser, pode enviar o texto resultado de sua pesquisa para publicarmos neste mesmo veículo. Temos um link: Outros Autores, onde ela seria muito bem vinda.
    Acredito que os leitores gostariam de ter outra versão sobre esta família, escrita por outro BORBA. Que tal?
    Sabia que desde que postei a matéria, ela figura entre as mais visualizadas deste veículo? O público é brasileiro, norte-americano, de Portugal e Angola, principalmente.

    Carmelita Graciana.

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  3. Nossa!!!!eu achei esta entrevista muito legal e complexa pois eu morro nas lages desde de que nasci ja tem 14 anos e nao sabia desta historia !!!!!!!

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  4. Obrigada pelo elogio ao meu trabalho que resultou neste artigo. Desde que postei, está entre os mais visualizados deste veículo,especialmente depois que um site de Portugal,da região do alentejo,criou um link para esta matéria.
    Também sou de Lages onde tenho muitos parentes e amigos de nossa família. Nota: minha pesquisa levou mais tempo do que você tem de vida, em torno de 15 anos.

    Um abraço,
    Carmelita Graciana de Borba.

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  5. CARA CAMELITA, NÃO SABIA DE ONDE VINHA ESTE NOME (BORBA) AGORA FICO OLHANDO ESTA FOTO DE FAMÍLIA E PROCURANDO QUEM SERÁ MEU DESENDENTE DIRETO NESTA MAGNIFICA IMAGEM,MEU AVÓ CHAMAVA JOÃO BORBA DOS SANTOS E SEU PAI LINDOLFO CLEMENTE BORBA. OBRIGADA PELO SEU LINDO TRABALHO.

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  6. Prezada parenta anônima. Penso que você é uma mulher porque disse: obrigada. Agradeço pelos elogios pela matéria. Conheci o cenário da fotografia na infância, muito bem. E o casarão, pelo lado de fora. Ouvi muitos depoimentos de testemunhas oculares do tempo e do dia do funeral de Teodora Graciana. A imagem, que você chama de magnífica,realmente o é. Menos pela qualidade técnica do que pela magia de ter congelado a inenarrável orfandade dos Borba em Goiás, quando saíam levando o corpo de sua matriarca querida para a tumba.

    Um abraço,
    Carmelita Graciana de BORBA.

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  7. Prezada Carmelita, acabei de ler a sua matéria, e adorei, faz algum tempo que tenho uma enorme vontade de conhecer a historia do meu nome(família), pois sempre achei um nome diferente e só depois de crescida é que conheci outras pessoas, embora poucas com o nosso sobrenome, meu avó materno se chamava JOÃO BORBA NETO.
    Na ultima semana fui até a ILHA GRANDE - RIO DE JANEIRO, mais por curiosidade, lá tem algumas pousadas com o nome de Borba, infelizmente seus donos não estavam.
    Meu nome é Danieli borba Araujo, tenho 33 e moro no RIO DE JANEIRO, e gostaria muito de conhecer mais sobre a minha família.
    QUERO MUITO TER CONTATO COM OUTRAS PESSOAS DA FAMÍLIA(DANY.ANTARES@GMAIL.COM)

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  8. Danieli Borba, muito prazer!
    Possivelmente seu avô era descendente dos três BORBA portugueses que vieram para o Brasil na mesma época,um tio com dois sobrinhos.
    Provavelmente somos parentes. Se desejar podemos aprofundar mais na História da Família Borba no Brasil. Temos outros parentes investigando nossos ramos espalhados em outras regiões. Que tal pesquisar sobre os Borba no Rio de Janeiro? Obrigada pelo endereço. Farei contato.

    Um abraço,
    Carmelita Graciana

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  9. Cara Graciana,sou Adriana Borba descendente direta dos Borbas em Goias,Meu é o filho caçula do Juca Davi de Borba,que tambem vieram de Minas Gerais no seculo passado,achei muito pertinente a sua escrita,meus avós morreram na cidade de Porangatu tambem em Goias,gostaria de ter contato com os Borbas,tambem gostaria de saber mais histroias sobre essa familia tao grande...Sou historiadora e nunca tinha pensado em escrever algo sobre a familia mas depois desse artigo e vendo as "raizes preciosas"que ela representa fiquei bem curiosa em descobrir mais tal familia e ate porque tambem faço parte.obrigada por esse trabalho!!!

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  10. Olá Adriana,
    Quando criança conheci seu avô e sua avó na fazenda deles próxima a uma vila goiana chamada Heitoraí. Estive lá, levada por minha avó materna (Jovercina Graciana), que era irmã de Juca Davi de Borba, seu avô. Era uma linda casa de fazenda com um rego d`água abundante passando em parte da mesma. Mais tarde a família se mudou e não tivemos mais notícias sobre os descendentes dos "Juca Davi e Carola".
    Fico feliz em que tenha feito contato. Que tal escrever sobre os Borba em Porangatu para publicarmos neste Blog? Ficarei à disposição para publicação de seu trabalho. É só enviar com contato.
    Nosso artigo sobre A Família Borba em Goiás neste veículo está entre os mais visualizados.
    Há poucos trabalhos escritos sobre esta história e muitos interessados em conhecê-la.

    Um grande abraço,
    Carmelita Graciana.

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    1. Antônio Camargo Júnior3 de março de 2012 às 23:11

      A irmã do Juca Davi de Borba chamava Floripes Graciana de Jesus, Vó Floripa, ela morreu a quase dois anos com noventa e seis anos de idade, uns dizem que era mais, inclusive o saudoso tio Pedro David(óculos fundo de garrafa)irmão dela me dizia que: "A Floripa é mais velha do que eu, ela tá registrada errada". A minha vó Floripa que só pegou o sobrenome da mãe foi a última a vir de Minas Gerais dos filhos do Joaquim Antônio de Oliveira Neto , ela veio depois com o seu marido, o meu avô, Alonso Ferreira Camargo que nasceu também na cidade de Tiros,em Minas Gerais,que também tinha o sangue dos Rochas e era primo do Tino Rocha de Itapuranga,o meu avô morreu logo após a minha avó no ano de dois mil e dez. Eles moraram a vida toda na fazenda "com um rego d' água e etc..." de onde tiraram o sustento para criaram nove filhos que vieram com eles de Minas Gerais: Delcides(mora em Heitoraí),Maria(mora em Itapuranga), Leontina(mora em Itapuranga e Carmo do Rio Verde), Dalci(mora em Heitoraí), Almerinda( na fazenda em Itapuranga),Luci(mora em Uruana),João( mora em Nova Crixás), Osvaldo(mora em Heitoraí) e Antônio Camargo, meu pai(mora em São Miguel do Araguaia).A Vó Floripa foi a última a morrer dos seus irmãos, somos da família David, Borba e Rocha, mas nenhum de nós temos os sobrenomes David ou Borba ou Rocha, os homens da família pegaram o sobrenome Ferreira Camargo e as mulheres o Graciana de Jesus.

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    2. Caro Antônio Camargo Júnior,

      Quando menina, estive na fazenda de 'Tia Floripa' nas imediações de Heitoraí, por algumas vezes, e conheci alguns de seus tios. Fui acompanhando minha avó materna, Jovercina Graciana, que era irmã de sua avó. Era um lugar muito aprazível e uma família muito receptiva e educada.
      Fico feliz em que tenha feito contato e informado o paradeiro deste nosso núcleo de Borba tão querido: a família do "Tio Alonso e Tia Floripa".

      Um grande abraço,
      Carmelita Graciana.

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  11. Cara Carmelita,
    Sabendo que você é prima em primeiro grau do meu pai,ainda aguçou mais minha vontade de conhecer nossa historia,fiquei muito feliz em saber que você conheceu meus avós,hoje falecidos,vou pensar seriamente em escrever sobre a familia em Porangatu,Os filhos do Meu avô(Juca Davi)que ainda estao vivos continuam morando lá em Porangatu com excessão do meu pai que esta em Mato Grosso e uma tia em Goiania,enfim a grande maioria dos descendentes do meu avô permanecem em Porangatu...

    Um grande abraço e obrigada por escrever algo tao precioso para preservaçao da história dessa familia!
    Parabens!

    Adriana Borba

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  12. Ola carmelita sou joao batisata de borba,sou filho de Adao joanino de borba nascido em tiros de minas em 1939 achei muito intereçante conhecer as raizes da familia borba e gostaria de saber se sou descendente dessa historia.desde agradeço um grande abraço.

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  13. Boa noite, estava lendo sobre a familia Borba,E me chamou atençao pois tambem tenho este sobrenome,Meus pais e avòs eram de taquari rs ,nao sei se è dos mesmos borba,meus avô paterno se chamava joaquim alves de borba e meu bisavo era Emilio alves de Borba.

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    1. Prezado Borba de Taquari(RS),

      Possivelmente seus familiares vêm do mesmo ramo como descendentes diretos do bandeirante Borba Gato. E, por extensão, você seja desta família de que trata minha matéria.
      Os registros dão conta de que o bandeirante retornou a São Paulo trinta anos mais tarde e reencontrou a esposa. No Bairro de Santo Amaro, na capital paulista há uma estátua em sua homenagem, que não raro é alvo de protestos, porque no entendimento de muitos, a atividade relacionada à extração e apropriação do ouro foi bastante cruel no que diz respeito aos métodos empregados. Tal pensamento não existe sem razão. Cavar riquezas e mantê-las, em geral causa desconforto a todas as partes. Por isso a Bíblia diz: "Não ajunteis tesouros na terra onde a traça e a ferrugem tudo consomem e onde os ladrões minam e roubam". Concorda?
      Sobre você ser ou não destes Borba, é bem provável. Eles se espalharam por todo o Brasil e ao que tudo indica, os Borba são uma família só. Há relatos deles na Europa, na África, na América do Norte e na América do Sul. Por isso, em minha conclusão na matéria eu afirmei que os Borba espalharam-se em profusão...

      Um grande abraço,
      Carmelita Graciana DE BORBA.

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  14. Prezado João,

    Acredito que você seja descendente da família Borba de que trata minha matéria. Consta que familiares próximos ao bandeirante Borba Gato povoaram esta região de Minas Gerais.
    Portanto, creio que você tem muitos parentes entre os Borba goianos, assim como muitos que já entraram em contato comigo aí de Minas, de várias regiões como: Tiros, São Gotardo, Pouso Alegre, Carmo e tantas outras.
    Um abraço,
    Carmelita Graciana DE BORBA.

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  15. Prezados BORBA
    Com muita alegria tambem sou BORBA., me chamo Silvio Antonio Borba., meu pai se chamava Hermelindo Rodrigues Borba., meu avo Pedro Jose da Silva Borba., e meu Bisavo Pedro Manuel da Silva Borba dos Borbas de Bariri(Bariri é uma cidade do interior de Sao Paulo)quando chegaram de Portugal ali se estabeleceram com Fazenda de Cafe e milho.
    Achei uma cidade em Portugal na regiao de Alentejo que se chama BORBA., entrei em contato com a Prefeitura de la para que se possivel me remeterem material da cidade para que possamos aprecia-la.
    no Brasil tambem tem uma cidade no Amazonas que se chama Borba., tentei entrar em contato sem sucesso, estou no aguardo.
    grande abraço a todos e um beijo no coraçao

    silvio borba silvioantonio_borba@hotmail.com




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    1. Caro Sílvio,

      Prazer em estabelecer contato com você.

      Informo que publicaremos, neste mesmo veículo,no próximo ano, uma matéria (texto e fotos) sobre a Cidade Borba em Portugal.

      Em um site da região alentejana, fizeram constar um link para este artigo histórico nosso sobre a Família Borba em Goiás publicado no Cristocentrado, o que contribui para que a matéria seja uma das mais visualizadas no veículo.

      Sobre a Cidade Borba do Amazonas, tenho também um bom material que me enviaram. Podemos publicar sobre a mesma no ano que vem aqui mesmo.

      Por enquanto, um grande abraço a todos os Borba em Bariri.

      Carmelita Graciana de BORBA.

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  16. querida Carmelita,
    meu nome e cristina maria de borba, sou neta de crispim de borba filha de darcy david de borba, atualmente moro em brasilia,olha
    quero parabeniza-la pela sua materia
    abraços
    cristina maria de borba

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  17. Cristina,

    Fico feliz que tenha gostado deste trabalho.
    Na infância frequentei as imediações do casarão que ilustra a matéria e tenho gratas recordações deste cenário. Porém sei que para muitos Borba, o mesmo cenário, remete a lágrimas e tristezas.


    Um grande abraço,
    Carmelita Graciana.

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  18. Olá Carmelita.
    Meu nome é Roberto César Borba, moro em Brasília mas sou natural de São Gonçalo do Abaeté, interior de Minas Gerais. Adorei sua publicação, sempre quis saber mais sobre a família Borba. Não sei se você sabia desse "braço" dos Borbas em São Gonçalo; descendentes apenas do meu bisavô, já contabilizamos centenas. Estamos espalhados pelo Brasil más grande parte em Belo Horizonte. Sinto um orgulho imenso em ser um Borba, acho que todos nós, não é? Aliás, muitos me chamam de Borbinha, rs...
    De agora em diante vou estar sempre por aqui para ver o que há de novo, espero que tenha muitas novidades.
    Vou deixar meu email, se você ou algum outro Borba quiser entrar em contato, enviar alguma coisa, vou adorar receber e responderei com muito prazer.
    Email: borbamg@gmail.com

    Att,
    Roberto César BORBA





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  19. Prezado Roberto César Borba,

    Estou convencida, pelas pesquisas que fiz, que os BORBA no Brasil tem o mesmo tronco. Portanto, todos do Brasil seriam da mesma família.

    Muitos, pelo país afora, ficaram de contribuir com esta história que levantamos e publicamos aqui. Fique à vontade para enviar a sua história também, caso deseje fazê-lo. Teríamos prazer em publicá-la com sua assinatura, claro.

    Um abraço,
    Carmelita Graciana.

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  20. Olá Carmelita.
    Meu nome é Glayce Kelly Ferreira David. Sou tataraneta de Pedro Rocha Neto que foi casado com Maria Teodora uma das filhas de Joaquim David.Minha bisavó se chama Gervina Maria de Jesus foi casada com Francisco José Pimenta(vô Chiquito),ele era cego e faleceu a 4anos atrás em Itapuranga Go. Minha avó se chama Angelina Pimenta,ela chama a Teodora Graciana de Jesus de Dinha Dola.
    Você tem informações sobre a casa sede da Fazenda Lages, se ela ainda existe?
    Parabéns pela linda matéria sobre nossa família.

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  21. Olá, Glayce!

    Prazer em ouvir de vocês.

    A casa não existe mais. A área onde estava construída foi comprada por uma pessoa consciente e amante de História, mas do casarão só restava parte danificada do alicerce e o muro de pedras que o circundava. O pequeno cemitério, porém, continua intacto, apenas revela o desgaste natural do tempo. De vez em quando retorno à região, portanto estas notícias estão bem atualizadas.

    Um abraço,
    Carmelita Graciana.

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  22. Adorei essa matéria, parabéns Carmelita!

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  23. Feliz que tenha gostado, Jay.

    Um abraço,
    Carmelita.

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  24. Olá Carmelita eu sou Sônia Maria de Borba, moro em Brasília, sou neta de Crispim Borba, filha de Darcy David de Borba, tenho sobrenome BORBA, de pai e mae, sou neta de Simiao Antonio de Borba e Graziela Borba, estive lendo seus comentários, confesso que lendo a historias da fazenda sede, onde fui criada e vivi minha infânçia, tenho muitas recordaçoes boas, mas vejo que fala sobre sofrimentos e dor, vejo de uma maneira diferente, os fazendeiros da época nao só meu biso Joaquim Antônio de Oliveira, mas todos os fazendeiros da época eram assim rigorosos, com seus escravos,.... Meu avo se foi e deixou muita saudades, pois e o amo demais,... o que faltou talvez foi Deus em seus corações, deixo aqui um grande abraço a vc!

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  25. Sônia, obrigada por suas observações e impressões como testemunha ocular de parte desta história. Lembre-se que à época de seu "biso", a abolição da escravatura já havia ocorrido e os fatos lamentáveis sobre escravos na fazenda já eram coisa do passado. A família Borba não foi cúmplice deste horror, não na Fazenda Lages. Contam que o patriarca desta família era um homem justo e íntegro, assim como muitos de seus descendentes. Contam ainda que o mesmo deixou muitas saudades juntamente com um grande exemplo como líder e como chefe de família. Um grande abraço a você também.

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  26. Olá, Carmelita! Fico feliz em ver uma matéria como essa.

    Sou amante de genealogia. Consegui chegar até a 16ª geração por parte de mãe, que é descendente de alemães, mas estou tendo dificuldades para encontrar dados da família Borba, do meu pai. Ele era neto de Pedro de Souza Borba e Felicíssima Barbosa Magalhães, que viveram (não tenho certeza se nasceram) em Santa Maria da Vitória, Bahia. Lá ele era chamado de Coronel e até ganhou uma rua com o seu nome. Ele foi também político em Brasília, acho que senador.

    Eu moro no Rio Grande do Sul e não tenho como ir à Bahia nesse momento. Mas deixo escrito aqui, pois se alguém de lá encontrar esse artigo ou souber de alguma coisa pode me retornar.

    Meu pai nasceu em Pires do Rio, Goiás e eu em Anápolis. Meu avó foi Cesar Borba, que atuou como Juiz de Direito em Anápolis há 40 ou 50 anos atrás. Ele faleceu em 1973.

    Se alguém souber qualquer coisa, aguardo contato pelo e-mail: erikastrassburger@hotmail.com

    Obrigada pelo excelente trabalho!

    Erika

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  27. Esteria Maria de Borba (74)filha de Bertoldo Davi de Borba( falecido) viveu em Uruana-Go.
    Ela é minha mãe, conta que meu avô era de Tiros, tinha irmãos Um tal de Antonio Davi de Borba e a mãe deles se chamava Florecena.
    Bom pessoal se alguem ler. Me contata meu nome é Morgany ( sem Borba) infelizmente!

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Obrigada por ter vindo!