quarta-feira, 12 de maio de 2010

O MITO DA FAMÍLIA PERFEITA

Através de uma análise de DNA, pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, identificaram quatro corpos como sendo uma mãe, um pai e seus dois filhos. Com uma idade de 4600 anos a descoberta consiste no mais antigo registro genético molecular já identificado de uma família no mundo. Além de outras conclusões e divagações, o achado arqueológico possivelmente fornecerá subsídio ao imaginário social no sentido de alimentar a idéia da família perfeita. Uma menininha, cujo pai a abandonara com a mãe e dois irmãozinhos, desabafou durante o desjejum: “Tudo o que eu queria era ter uma família perfeita, com pai, mãe e irmãos à mesa”. Tal frase garantiu à mãe a dose diária de frustração por não ter podido construir a família com a qual sua filha também sonhava. A família perfeita está entre os grandes desejos da humanidade. Mas, afinal, qual seria o modelo desta família, já que vivemos tempos em que a sociedade se abre a possibilidades de estruturas familiares bastante diversificadas?

Cientistas como Salvador Minuchin, Alberto Eiguer, Sigmund Freud e Friedrich Engels desenvolveram teorias diferentes para a família. Apresentaram também diferentes diagnósticos e prognósticos para seus conflitos. Porém, o certo é que na História Humana, a história particular que a família escreve não é nem de longe animadora. Jesus a descreveu, segundo Mateus 10.21: “E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão”. Reforçou-a, segundo Lucas 12.58: “O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra a sogra”.

Também Jesus Cristo não teve uma família perfeita. José, seu pai adotivo, tomou por noiva uma jovem que tornou-se grávida de uma maneira incomum e experimentou um profundo conflito interior no primeiro momento. Maria, por sua vez, enfrentara desconfiança sobre sua conduta, gerou um filho especial e deu à luz durante uma viagem em circunstâncias adversas. Constituíram apenas a família possível. Mas José e Maria eram tementes a Deus e obedientes aos seus desígnios, fator que lhes possibilitou criarem e manterem um ambiente apropriado para uma criança crescer. Lucas relata, no capítulo 2.40: “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”. Reforça em 2.52: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. Tal relato encoraja aos pais cristãos a dedicarem diariamente suas famílias a Deus para vê-las desenvolverem-se. Porém isto somente será eficaz se eles próprios se derem a Deus, primeiramente.

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