O Brasil tem 40 milhões de pessoas conectadas, ou o equivalente a 29% de sua população on-line. Mesmo usuários iniciantes, que ainda não dominam conceitos como Sistemas Operacionais, programas de e-mails, vírus, programas antivírus, worms, spywares, backups, backdoors, firewalls, browsers, spam, malwares, muitas vezes, aprendem como usufruir das facilidades de comunicação promovidas por programas como Skype, MSN e Orkut, os programas de relacionamento mais populares no País. Tornou-se praticamente impossível se conceber o mundo, sem a presença da internet. A vida de grande parte dos sete bilhões de habitantes do planeta não pode mais prescindir da Rede mundial de computadores.
Breve histórico da Rede- No ano de 1969, o Matemático e Engenheiro da Computação norte-americano Vinton Gray Cerf, desenvolveu, juntamente com o colega Bob Khan, o protocolo TCP IP, um conjunto de regras, padrões e especificações técnicas que permitem a troca de informações entre computadores de diferentes marcas e tamanhos. O termo internet, que por sua vez, equivale a dizer: criar redes entre redes e veio da expressão, em inglês, que usavam quando tentavam conectar três diferentes redes. Já o Brasil, aonde a internet chegou por volta de 1992, teve o ano de 1995 como um marco histórico. Os ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia criaram a figura do provedor de acesso privado à rede e liberaram a operação comercial no País. No ano seguinte, muitos provedores começaram a vender assinaturas de acesso. Hoje o internauta pode ficar impaciente quando um site demora 30 segundos para abrir. Mas há dez anos, era comum uma única página demorar 15 a 20 minutos para aparecer na tela. Os primeiros sites brasileiros eram de notícias. Depois surgiram os de compras, os de entretenimento e os de pesquisa. O e-mail e as salas de bate-papo (chats) foram os dois principais carros-chefe para a popularização da Internet no país.
O perfil do usuário-O perfil do usuário de internet no Brasil é predominantemente jovem. Muitos destes internautas cresceram já na era digital e têm essa ferramenta totalmente incorporada ao seu dia-a-dia. De acordo com os institutos de pesquisa 90% dos usuários da internet se classificam como e-mailers, três quartos das salas de bate-papo são mais usadas por jovens e anônimos e que tais salas são menos freqüentadas à medida que a idade do usuário atinge 25 anos ou mais. Descobriram ainda que apenas um quarto dos usuários utilizam a internet para transações empresariais como compras, comércio acionário, leilões on-line e bancárias e que o perfil do comprador pela rede ainda é majoritariamente o do consumidor jovem. As páginas mais acessadas, no Brasil, são as de comunidades, salas de bate-papo e páginas pessoais, como blogs e sites de relacionamento, seguidas por e-mail, portais de buscas e bancos. À juventude, o criador da internet, Vinton Gray Cerf observou: “os jovens são muito abertos à idéia de dividir suas informações on-line, conforme eles forem ficando mais maduros, podem se arrepender de ter colocado algumas informações e seus pensamentos jovens na internet. E darão conta de que esses dados podem nunca mais desaparecer, mesmo se forem retirados dos sites originais”.
Vantagens na rede- Graças à internet é possível consultar saldos bancários, pagar faturas ou transferir valores por um computador doméstico. Ela é também uma biblioteca pública gigantesca onde as pessoas buscam informações e também uma opção de entretenimento. Promove a comunicação interpessoal e toda pessoa é livre para inventar novos serviços, uma vez que é um sistema de informação que permite a contribuição de todos. A internet mostra-se útil e poderosa na realização do trabalho. Trabalhar on-line, agiliza as decisões. Por ela pode se pesquisar produtos ou fazer compras economizando-se tempo e viagens às lojas. Faculta à pessoa idosa e ao deficiente físico a possibilidade de realizar pesquisas ou compras on-line, promovendo portanto, inclusão social. Por meio dela é possível rastrear encomendas ou cartas registradas, enviadas pelo correio no Brasil, através de um código que é fornecido no momento da postagem. As Web conferências e os programas de comunicação, que existem graças à rede mundial de computadores, economizam um bom tempo e dinheiro em passagens e ligações telefônicas para as empresas. A Rede possibilita também, no âmbito da vida privada, falar, ouvir e ver pessoas em lugares distantes. Enfim, a internet é um leque interminável de possibilidades que se expande em direções opostas. Expõe o que há de melhor, mais criativo, mais elevado e paradoxalmente, o que existe de mais indigno, vil e degradante forjado na mente humana.
O lado sombrio da internet-A internet faz a mediação entre os criminosos e suas vítimas. Há pessoas pagas para interceptarem a comunicação de outras, empresas que roubam informações de seus concorrentes, violação dos direitos autorais, difamação, roubos de senhas, clonagem de cartões, veiculação de spam, ataques de negação de serviço (com os quais computadores controlados remotamente tiram sites do ar), etc. Em matéria veiculada na revista Galileu- edição no. 201 de abril de 2008 com o título mal.com, estão catalogadas algumas das apologias do mal através da rede mundial de computadores. Demonstram que são facilmente encontradas na rede, pessoas que incentivam o suicídio, fazem apologia à anorexia, promovem a pedofilia, incitam o racismo, divulgam o neonazismo, estimulam o ódio entre torcidas e dão dicas para todo tipo de criminoso. Há ainda fatores de outra ordem relacionados ao mau uso da internet, mais restritos ao campo da moral, como no caso de e-mails pornográficos e muitos outros conteúdos perniciosos.
Precauções-Entendendo que, tal como afirmou à revista Veja Especial–Tecnologia, edição de Julho-2006, Vinton Gray Cerf, o pai da internet: “a internet é o que a sociedade é” , faz-se urgente lembrar as palavras de Jesus Cristo, em João 17.15: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” . Torna-se vital também ponderar sobre o que Paulo alertou em Colossenses 2.8 “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”.*
