O conceito de violência é abrangente, mas para a
Organização Mundial de Saúde (OMS) violência pode ser definida como “o uso intencional da força física ou do
poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um
grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em
lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.
A violência contra a mulher deve ser vista dentro de um universo muito mais abrangente, relacionada à própria História da humanidade com a degradação dos relacionamentos intra familiares, desenvolvida no quadro da queda. Portanto, o fenômeno da violência contra a mulher é uma derivação de uma rede de violência compreendida em um universo muito amplo e também complexo, a violência humana.
Existem inúmeros tipos de violência, não só
dirigidos à mulher, mas ao homem, à criança, ao adolescente, ao jovem e ao
idoso. Mas, como historicamente as
maiores vítimas estão entre os segmentos mais vulneráveis, como diz o ditado
popular: “a corda
arrebenta sempre do lado mais fraco”, são diretamente mais atingidas, as mulheres e
crianças.
A violência contra a mulher é fenômeno universal que atinge,
indistintamente, todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas,
indiferente aos níveis de desenvolvimento econômico e social, do mesmo modo como se caracteriza também a violência contra a infância, tão comum nas páginas policiais de nossos tempos.
A frase da imagem que ilustra este artigo, ironicamente, foi fotografada nas costas da camiseta de um assassino confesso, de um padrasto violento que também havia sido um marido cruel para com sua própria esposa e seus quatro filhos. Colocados atrás de si, tais dizeres, não lhe diziam respeito, uma vez que sorvera amargamente, as consequências pelo protagonismo da conduta desumana contra seus familiares.
Mas, ao menos aos que vinham atrás dele, podiam dizer algo, em tempo. Podiam prevenir que viessem a ter a mesma vida insuportavelmente solitária e vazia de significado que teve o infeliz, a morte miserável e o sepultamento entre indigentes num cemitério abandonado de uma das regiões mais desassistidas do Brasil.
Imagem: Cristocentradoimagens
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