1914 - 2014
Os primeiros missionários
norte-americanos chegaram ao Centro Oeste brasileiro, entre os anos 1914 e
1920. A região norte do Estado de Goiás (hoje Tocantins) foi visitada pelo Dr.
Ernest A. Jackson e o Sul (Hoje Estado de Goiás) pelo missionário Salomão Luiz
Ginsburg.
Salomão Ginsburg organizou em 26
de setembro de 1920, na cidade de Catalão, a primeira igreja Batista em solo
goiano. O segundo trabalho foi organizado também pelo mesmo missionário na
cidade de Ipameri, no dia 17 de janeiro do ano de 1923. Ele fundou ainda outras
igrejas como a Primeira Igreja Batista em Cristalina, em 21 de abril de 1923, a
Primeira Igreja Batista em Tavares (Hoje Vianópolis), no final do ano de 1923 e
a Primeira Igreja Batista em Bonfim (atual Silvânia), em fins de 1924.
Ginsburg teve de regressar a
São Paulo aonde veio a falecer no ano de 1927. E o período que se seguiu foi
marcado por muitos reveses no início do trabalho batista goiano. Os
historiadores registram que, de todas as igrejas organizadas neste período,
apenas duas não sucumbiram.
Relatam, entre os motivos,
problemas internos como a inidoneidade de alguns dirigentes e falta de obreiros
como também uma ostensiva perseguição empreendida contra os crentes. É citado o
caso de Bonfim (atual Silvânia), onde, segundo um destes historiadores, eram
negados aos crentes desde oportunidades de trabalho até um simples copo com
água.
O Campo Goiano, que estivera afeto
ao de São Paulo, após a morte do missionário pioneiro Salomão Ginsburg, passou
à jurisdição da Convenção Batista do Estado de Minas Gerais, formando o Campo
Mineiro-Goiano.
Neste período, mais precisamente
no ano de 1934, chegou a Goiás o Missionário Daniel Frank Crosland. O pioneiro
da obra Batista no Brasil, filiado à Convenção mineira, assumiu o pastorado da
Primeira Igreja Batista em Ipameri no dia oito de julho de 1934. Três
anos depois se exonerou e transferiu sua residência para Goiânia, de onde
passou a dar assistência ao trabalho Batista do Estado, região centro- Sul.
O terceiro trabalho batista goiano
a se estabelecer, considerando obviamente apenas os dois sobreviventes do
período (Catalão e Ipameri), foi o da Primeira Igreja Batista em Goiânia. Sua
organização ocorreu no dia 30 de janeiro do ano de 1938, na residência do Pr.
Daniel Frank Crosland, no Bairro Popular, região central da nova capital do
Estado.
Em 2014, quando os batistas
goianos comemorarão seu centenário, serão perto de 300 igrejas e congregações
no Estado, além de um número não contabilizado de pontos de pregação.
Frente a alguns dos antigos e a
muitos novos desafios, os batistas em Goiás continuam a propor soluções pelo
mesmo prisma, a Bíblia. Plataforma na qual se desenrolam, paralelamente, as
mais inomináveis fraquezas humanas e as mais inexplicáveis misericórdias de Deus.
Razão que leva os batistas, para quem a Bíblia é a Palavra de Deus e sua
regra de fé e prática, a continuarem a abrir pontos de pregação, a fundar
congregações e a organizar igrejas.
Bibliografia
BASTOS JÚNIOR,
José da Cunha. Lineamentos da História dos Batistas em Goiás. Edição do autor,
1988.
ALCÂNTARA, Janair de Morais. Uma Porta para a Luz. Imprensa da Fé, SP, 1992.
COSTA, Paulo André Oliveira. O Seminário Teológico Batista Goiano e sua Influência Cultural e Religiosa no Estado de Goiás. Goiânia: Editora UCG, 2001.
ARAÚJO,Ordália Cristina Gonçalves. A Construção de Goiânia e o Protestantismo. Goiânia: Editora UFG, 2002.
AMARAL, Othon Ávila . Batistas no Brasil há 140 anos. O Jornal Batista Ano CXI - Edição 39 - 25/09/2011.
O JORNAL BATISTA. Rio de Janeiro: CBB. Edição de 29-01 e 5-02 de 1942.
O JORNAL BATISTA. Rio de Janeiro: CBB. Edição número três de 15 de janeiro, 1948.
ALCÂNTARA, Janair de Morais. Uma Porta para a Luz. Imprensa da Fé, SP, 1992.
COSTA, Paulo André Oliveira. O Seminário Teológico Batista Goiano e sua Influência Cultural e Religiosa no Estado de Goiás. Goiânia: Editora UCG, 2001.
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JORNAL O BATISTA
MINEIRO. Belo Horizonte: CBM. Edição janeiro/fevereiro número 21/22,
1944.
REVISTA VISÃO MISSIONÁRIA. Rio de Janeiro: Editora UFMBB. Edição 3T2004. Seção
Gente Nossa, Entrevista Maria Rita Álvares.
LIVRO DE ATAS PIB GOIÂNIA No. 01. Goiânia. Arquivo Secretaria da PIB Goiânia.
LIVROS DE ATAS UFMBG No. 01 e 02. Arquivos da UFMBG, Secretaria da UFMBG- Sede CBG.
CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM GOIÂNIA ANO 2003. Goiânia: 2003. Arquivo Cristocentrado.
BOLETIM INFORMATIVO DOMINICAL PIB EM GOIÂNIA. Edição Extra Fevereiro 2003. Arquivo Cristocentrado.
OLIVEIRA, Dinah Antunes. Goiânia: data não determinada. Depoimento. Memórias Organização da UFMB PIB Goiânia. Arquivo PIB.
MENEZES, Eulália Ribeiro. Goiânia: 2001. Depoimento. Construção de Goiânia e Organização PIB em Goiânia. Arquivo Cristocentrado.
COSTA, Regina Souza. Goiânia: 2003. Depoimento. Memórias. Arquivo Cristocentrado.
LIVRO DE ATAS PIB GOIÂNIA No. 01. Goiânia. Arquivo Secretaria da PIB Goiânia.
LIVROS DE ATAS UFMBG No. 01 e 02. Arquivos da UFMBG, Secretaria da UFMBG- Sede CBG.
CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM GOIÂNIA ANO 2003. Goiânia: 2003. Arquivo Cristocentrado.
BOLETIM INFORMATIVO DOMINICAL PIB EM GOIÂNIA. Edição Extra Fevereiro 2003. Arquivo Cristocentrado.
OLIVEIRA, Dinah Antunes. Goiânia: data não determinada. Depoimento. Memórias Organização da UFMB PIB Goiânia. Arquivo PIB.
MENEZES, Eulália Ribeiro. Goiânia: 2001. Depoimento. Construção de Goiânia e Organização PIB em Goiânia. Arquivo Cristocentrado.
COSTA, Regina Souza. Goiânia: 2003. Depoimento. Memórias. Arquivo Cristocentrado.
MOHN, Amália. Relatório Escrito. Goiânia: 1983. Arquivo Secretaria
UFMBG, Sede CBG.
Templo da PIB em Itaberaí - ano 2010 |
PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM ITABERAÍ
No ano de 1989, um pequeno grupo de irmãos evangélicos deu início ao trabalho que viria a ser a Primeira Igreja Batista em Itaberaí. Estes irmãos, em sua maioria, oriundos de outras regiões e recém-chegados à cidade, se reuniam informalmente, apenas guiados pelo desejo que tinham de cultuarem a Deus. Porém, depois passaram a vislumbrar a possibilidade da organizacão de uma igreja batista, já que a denominação ainda não tinha trabalho na cidade. Deste modo, as primeiras reuniões foram feitas nas residências dos próprios irmãos, em geral no período noturno, após a jornada de trabalho de cada qual.
Em alguns meses, o pequeno grupo decidiu que alugaria um pequeno cômodo em área próxima ao cemitério municipal para realizar suas reuniões. Porém, o local não oferecia qualquer segurança aos frequentadores, basicamente mulheres que acorriam àquele pequena casa de orações. Relatos deste período dão conta de que não era incomum ocorrerem chuvas de pedras sobre o telhado do cômodo, durante as reuniões, sendo tais ações atribuídas à delinquência juvenil local.
Durante as primeiras reuniões deste pequeno grupo, um irmão se reconciliara com o Senhor depois de 40 anos desviado do Evangelho, o irmão Antônio Severino Coelho. E este sensibilizando-se com a falta de segurança enfrentada, ofereceu um outro local, de sua propriedade e sem qualquer ônus. Tratava-se de outro pequeno cômodo comercial, anexo à residência do cedente, localizado próximo ao conhecido Hospital São Cosme e Damião.
Foi nesta época que se idealizou e se executou a compra de um terreno. E, já sob a liderança de Enoque Pereira Álvares, um dedicado seminarista à época, efetivou-se a compra e promoveu-se construção do pequeno templo e da pequena casa pastoral. Tal empreitada contou com a ajuda financeira da Convenção Batista Goiana e com grande esforço por parte dos irmãos pioneiros, desejosos que estavam de terem um lugar próprio para suas reuniões como igreja.
Neste período, foi determinante a solidariedade demonstrada pela igreja co-irmã, a PIB na Cidade de Goiás, que fica a uma distância de cerca de 30 quilômetros. O pastor desta igreja, à época, Pr. Adevaldo Miranda, liderava pessoalmente uma caravana de irmãos que se dirigiam à Itaberaí e se juntavam aos poucos do grupo local para realizarem os mutirões para a construção.
A esta época, eram contados entre os poucos braços locais, os do então seminarista Enoque Pereira Álvares que começara a dirigir o pequeno grupo. Algumas das paredes da pequena casa de oração foram erguidas literalmente por ele, que trabalhava como pedreiro, era professor na Escola Bíblica Dominical, dirigia os cultos e pregava. Sem mencionar que o mesmo ainda cursava Teologia na Capital do Estado, pelo Seminário Teológico Batista Goiano. Este primeiro templo foi concluído em 1991.
Neste ínterim, veio a falecer no dia 31 de agosto de 1991, Antônio Severino Coelho, o irmão veterano que retornara ao Evangelho depois de 40 anos afastado e que apoiava o grupo e cedia o ponto para encontro da igreja que nascia. Mas, no mês de dezembro do mesmo ano (1991) o grupo de irmãos realizou a mudança da simples mobília que já havia adquirido, em uma camionete tipo 3/4, própria para carregar bois, para a primeira casa de orações da igreja, mesmo sem qualquer acabamento.
O púlpito, que ainda integra o mobiliário do atual templo é o mesmo doado pela PIB da Cidade de Goiás naquela época, tendo passado apenas por uma reforma. Os irmãos que integravam este pequeno grupo inicial da época da mudança para prédio próprio da PIB em Itaberaí, eram: Enoque Pereira Álvares (seminarista -dirigente), Liomar de Borba, Ilda Graciana de Borba, Rosimeire dos Santos Pinheiro, Esmeralda de Lourdes Andrade e Áurea de Lourdes Andrade. Deste modo, a história da PIB em Itaberaí é construída de esforço, dedicação e solidariedade, quando cada qual dedicava o seu melhor, tanto em recursos financeiros quanto em doação pessoal.
Foi nesta época que se idealizou e se executou a compra de um terreno. E, já sob a liderança de Enoque Pereira Álvares, um dedicado seminarista à época, efetivou-se a compra e promoveu-se construção do pequeno templo e da pequena casa pastoral. Tal empreitada contou com a ajuda financeira da Convenção Batista Goiana e com grande esforço por parte dos irmãos pioneiros, desejosos que estavam de terem um lugar próprio para suas reuniões como igreja.
Neste período, foi determinante a solidariedade demonstrada pela igreja co-irmã, a PIB na Cidade de Goiás, que fica a uma distância de cerca de 30 quilômetros. O pastor desta igreja, à época, Pr. Adevaldo Miranda, liderava pessoalmente uma caravana de irmãos que se dirigiam à Itaberaí e se juntavam aos poucos do grupo local para realizarem os mutirões para a construção.
A esta época, eram contados entre os poucos braços locais, os do então seminarista Enoque Pereira Álvares que começara a dirigir o pequeno grupo. Algumas das paredes da pequena casa de oração foram erguidas literalmente por ele, que trabalhava como pedreiro, era professor na Escola Bíblica Dominical, dirigia os cultos e pregava. Sem mencionar que o mesmo ainda cursava Teologia na Capital do Estado, pelo Seminário Teológico Batista Goiano. Este primeiro templo foi concluído em 1991.
Neste ínterim, veio a falecer no dia 31 de agosto de 1991, Antônio Severino Coelho, o irmão veterano que retornara ao Evangelho depois de 40 anos afastado e que apoiava o grupo e cedia o ponto para encontro da igreja que nascia. Mas, no mês de dezembro do mesmo ano (1991) o grupo de irmãos realizou a mudança da simples mobília que já havia adquirido, em uma camionete tipo 3/4, própria para carregar bois, para a primeira casa de orações da igreja, mesmo sem qualquer acabamento.
O púlpito, que ainda integra o mobiliário do atual templo é o mesmo doado pela PIB da Cidade de Goiás naquela época, tendo passado apenas por uma reforma. Os irmãos que integravam este pequeno grupo inicial da época da mudança para prédio próprio da PIB em Itaberaí, eram: Enoque Pereira Álvares (seminarista -dirigente), Liomar de Borba, Ilda Graciana de Borba, Rosimeire dos Santos Pinheiro, Esmeralda de Lourdes Andrade e Áurea de Lourdes Andrade. Deste modo, a história da PIB em Itaberaí é construída de esforço, dedicação e solidariedade, quando cada qual dedicava o seu melhor, tanto em recursos financeiros quanto em doação pessoal.
O terreno adquirido pela igreja pioneira era bastante grande e mais tarde comportou ainda um segundo templo, construído no ano de 2004, sob a direção do Pr. Pedro Nilson Mascari. O edifício foi resultado de um novo esforço, mas desta vez com recursos levantados pela própria igreja. O atual templo é grande e foi erguido ao lado do primeiro, que ainda permanece servindo à igreja, funcionando como salas para Escola Bíblica Dominical, banheiros e cozinha.
Assim caminha a Primeira Igreja Batista em Itaberaí, como as demais igrejas batistas goianas, escrevendo sua própria história em alguma parte do Estado, onde conta a História do Evangelho de Jesus Cristo. Até que Ele volte!
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1o. Templo da PIB em Itaberaí |
2o. e atual Templo da PIB em Itaberaí |
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Fonte:
Texto a partir de relatos de irmãos pioneiros da Primeira Igreja
Batista em Itaberaí. Imagens: CRISTOCENTRADOIMAGENS e Arquivos da PIB
em Itaberaí.
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