quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SILICONE- RECALL E ALERTA

O governo francês recomendou na última semana que se retire os implantes mamários de marca PIP de cerca de 30.000 mulheres. O Ministério da Saúde daquele país informou que um número não conhecido desses implantes contém silicone em gel inapropriado para uso médico e, portanto apresenta um risco potencial para a saúde em caso de ruptura da prótese. O governo francês,  esclareceu ainda que a recomendação prevalece apesar de não existirem provas conclusivas de que tais próteses aumentam o risco de câncer.
A venda e a utilização de próteses mamárias da marca Poly Implant Prothese (PIP) foram proibidas na França em março de 2010 pela Agência de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (Afssaps) após a descoberta de irregularidades na fabricação do produto. Após investigações, a agência descobriu que o fabricante utilizava nos implantes um gel de silicone diferente do que havia sido declarado às autoridades sanitárias para obter a autorização de comercialização do produto. O gel de silicone, de grau industrial utilizado pela empresa, não é autorizado para fins médicos. (Imagem: www.atribuna.com.br)
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O Fabricante- A PIP, que já foi a terceira maior produtora mundial do setor, teria comercializado cerca de 300 mil implantes em todo mundo antes de ser fechada.  Sofreu uma liquidação judicial no ano passado(2010), após ser acusada de fraude na fabricação das próteses mamárias  após uma determinação de que seus implantes fossem retirados do mercado. Novamente neste final do ano de 2011 a marca ficou sob a mira dos holofotes depois de o governo francês recomendar às dezenas de milhares de mulheres na França com implantes PIP a remoção dos mesmos por cirurgia. A empresa francesa, que protagoniza um escândalo global envolvendo implantes mamários, reconhece que seus produtos são defeituosos, mas argumenta que outras firmas do setor também tiveram problemas. O advogado da companhia Yves Haddad, afirmou à agência de notícias Reuters na última semana: "Os implantes tinham falhas, mas os implantes PIP (Poly Implant Prothese SA) não são os únicos no mercado que apresentaram problemas". De acordo com outras fontes, o diretor executivo e fundador da empresa, Jean-Claude Mas, de 72 anos, que vive no sul da França, não comenta publicamente o caso.

O Produto-A prótese mamária de silicone da marca francesa Poly Implant Prothèse (PIP) foi proibida pelas autoridades sanitárias da França no ano passado porque observou-se  uma taxa anormal de reações inflamatórias e de rompimento das próteses mamárias, praticament o dobro da registrada por outros fabricantes do setor e que os implantes apresentavam taxas anormais de ruptura. Constatou-se que o produto era fabricado a partir de silicone de grau industrial, sem autorização para uso médico, gel considerado por alguns, cancerígeno. Especialistas brasileiros explicam que a PIP era uma prótese bem mais barata que a média do mercado. Alegam que, enquanto o preço de uma prótese gira em torno de R$ 1.800, as da PIP custavam cerca de R$ 1.000, informando ainda que a qualidade do material também era visivelmente pior, sendo que enquanto, as próteses normalmente têm três camadas de silicone texturizado para conter  o gel que fica dentro não se espalhando para o organismo, no caso das da marca PIP, havia somente uma camada.

Vítimas e Precauções-A prótese banida teria causado a morte de uma francesa, segundo uma associação de vítimas do produto, a Associação de Usuárias das Próteses PIP. Esta seria a primeira morte no país causada por implantes mamários de silicone da empresa. A mesma também exportou o produto defeituoso para inúmeros outros países, inclusive o Brasil, onde foram implantados entre 25 a 30 pacientes. Circulam ainda na França, notícias de outros oito casos de câncer de mama em mulheres com implantes da PIP, sem comprovação científica da relação da doença com o silicone. Porém, apesar de recomendar a retirada dos implantes, tanto o governo francês quanto as autoridades de saúde pública da França, alegam que não existem provas de risco aumentado para câncer com os implantes PIP em comparação com outras marcas.


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