terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O JORNAL BATISTA - HISTÓRICO DE 100 ANOS (JÁ PUBLICADOS)

Imagem: capa de O Jornal Batista - Ano CX IV, Edição 02, Domingo 11.01.2015
Muitos leitores do Cristocentrado não professam a fé batista. E outros, podem não ter acesso a este número de OJB, cujo editorial condensa lindamente, um século de História, a História do mais antigo, conhecido e possivelmente amado, semanário dos batistas brasileiros.

As fontes informam que O Jornal Batista surgiu no dia 10 de janeiro de 1901, no Rio de Janeiro, pelas mãos de W. E. Entzminger, mas que apenas na Assembleia da CBB do ano de 1909, realizada na cidade de Recife, é que a publicação se tornou o órgão oficial de comunicação da Convenção Batista Brasileira (CBB), com o propósito de servir, instruir e divulgar as ações dos batistas brasileiros, além de defender a causa da denominação.


O veículo acompanhou o avanço da tecnologia, neste ínterim, razão pela qual é possível ler as notícias do mundo batista, tanto no formato on-line como no impresso.
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Quando O Jornal Batista surgiu, em 10 de janeiro de 1901, os Batistas brasileiros deram, naquele momento, o exemplo de como deveria ser o balizamento dos passos a seguir. É bom lembrar tal fato para que não percamos o fio da meada, depois de mais de um século decorrido, quando estamos diante de tantas alternativas, oriundas de vozes dissonantes. Nossos grandes editores do final do Século XIX foram Zacarias Clay Taylor (1850/1919) e Salomão Luz Ginsburg (1867/1927). O primeiro, não somente lançou o primeiro Jornal Batista brasileiro, “Echo da Verdade”, 1886, na Bahia, como também publicou nossos primeiros livros: “A Bíblia sobre o Batismo”, “O Manual de Eclesiologia” e “Cristo nos Evangelhos”; o segundo lançou o Jornal “As Boas Novas”, em 1894, na cidade de Campos - RJ, como publicou a primeira edição do “Cantor Cristão”,
em 1991, com 16 hinos, em Recife - PE.


Ambos, Zacarias e Salomão, encerraram as atividades jornalísticas e livrescas que tinham, na Bahia e na cidade de Campos, e doaram o acervo patrimonial, máquinas, papel, tipos, guilhotina e outros utensílios, bem como o dinheiro de assinaturas e publicidade, para montar a nova tipografia no antigo Distrito Federal, a cidade do Rio de Janeiro, e dar início a um elo de unidade da obra Batista no Brasil: “O Jornal Batista”. Homens notáveis, gigantes da fé, como Zacarias e Salomão, tinham a mente e o coração voltados para a melhor maneira de ver o crescimento da obra Batista. Um novo jornal que pudesse alcançar os estados, os municípios, as igrejas, as famílias, as bibliotecas, com uma mensagem que informasse os propósitos e os objetivos dos Batistas.


Assim nasceu “O Jornal Batista” e a “Casa Publicadora Batista”. Um homen notável, W. E. Entzminger (1859/1930), e outro, Theodoro Rodrigues Teixeira (1871/1950), que viria a ser considerado o preceptor por excelência dos Batistas brasileiros, na análise do teólogo W. C. Taylor (1886/1971), assumiram a direção daquele hebdomadário que, fiel às diretrizes que lhe foram dadas, não se desviou nem para a direita e nem para a esquerda. Na sequência dos anos, outros foram ocupando os lugares daqueles pioneiros. De Casa Publicadora Batista, passamos para Junta de Escolas Dominicais e Mocidade (J.E.D.M.), e depois para Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP). O jornal teve vários diretores dos quais mencionamos os que, na nossa opinião, foram os principais: W. E. Entzminger, Theodoro Rodrigues Teixeira, Moysés Silveira, Almir dos Santos Gonçalves, José dos Reis Pereira, Nilson Dimarzio, Salovi Bernardo e Sócrates Oliveira de Souza.

No último decênio do Século XX veio o debacle geral de nossa instituição responsável pela literatura adquirida e enviada para as nossas igrejas. A mudança estrutural verificada em nossa JUERP na década de sessenta, um parque gráfico ultrapassado, a inflação fora de controle, as mudanças do dinheiro (cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, real), tudo contribuiu para a desestabilização de nossa JUERP. 

O alvorecer do século trouxe para a denominação novas perspectivas com a reestruturação de nossa Convenção, de nossas Juntas, de nosso Conselho Geral, de nossos quadros dirigentes, com o aproveitamento de novos líderes como Oliveira de Araújo, Paschoal Piragine Junior, Josué Mello Salgado e Luiz Roberto Silvado (que chegou a uma vice-presidência da Aliança Batista Mundial). Com a chegada desses notáveis líderes chegou também o executivo, pastor Sócrates Oliveira de Souza, o viabilizador de todas as reformas que foram implementadas.

 Para o melhor desenvolvimento do trabalho uma nova Editora foi criada em 31 de janeiro de 2007 chamada “Convicção Editora”. Ela foi o primeiro passo para dar novo direcionamento às nossas publicações. No primeiro ano editou os seguintes livros: “Academia da Alma”, de Israel Belo de Azevedo; “O Aperfeiçoamento dos Santos na Integração das Gerações”, de João Falcão Sobrinho e “100 anos da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira” de Zaqueu Moreira de Oliveira.

“O Jornal Batista”, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira desde 1909, mediante proposta do pastor Francisco Fulgêncio Soren, que passou a ser editado sob a égide do Conselho Geral da Convenção desde a década de noventa do Século XX, tem hoje uma tiragem de papel reduzida, que atende seus fiéis assinantes, quase todos batistas da melhor idade. E para gáudio dos Batistas de um modo geral, a edição “on-line” alcança cerca de 250.000 Batistas não só no Brasil, como no mundo inteiro.

O Jornal Batista não perdeu a visão da missão que o fez surgir. Tem se posicionado sempre quando a contingência política, religiosa, ética o exige. Não passamos em brancas nuvens quando um posicionamento incisivo requer uma demonstração de apoio ou repúdio. O exemplo que citamos foi a manifestação contundente por ocasião dos debates sobre o Decreto 8.243, de 23 de maio de 2014.

Assim agindo, O Jornal Batista entra no seu 114º aniversário. Fiel à sua origem, fiel à sua denominação. Não se desviou nem para a direita e nem para a esquerda. Prossegue na sua jornada pela graça e pela misericórdia inexaurível de Deus. (O.A.A.)
 
  
Texto  histórico e imagens originalmente publicados em O Jornal Batista (Editorial) - Ano CX IV, Edição 02, Domingo 11.01.2015

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