terça-feira, 11 de outubro de 2011

CORA CORALINA

CORA CORALINA (1889-1985) é o pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (imagem: catracalivre.uol.com.br), foi uma poetisa e contista reconhecida como uma das principais escritoras brasileiras. Nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX. Foi uma mulher simples, doceira de profissão, viveu longe dos grandes centros urbanos e alheia a modismos literários e produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", foi publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conheceu o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem fugiu para o Estado de São Paulo, onde viveu por quarenta e cinco anos e teve seus seis filhos. Seu marido a proibiu de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Mas, durante os anos, Cora não deixou de escrever poemas e teve o seu primeiro livro publicado aos 76 anos de idade. Ao completar cinqüenta anos de idade, a poetisa relatou ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Depois da morte do marido, no ano de 1934, tornou-se vendedora de livros da editora José Olimpio. Em 1956 retornou para Goiás e em 1965, pela mesma editora José Olímpio, lançou seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, foi lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana e em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, mandou-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, despertou o interesse do público leitor e a fez ficar conhecida em todo o Brasil. Cora Coralina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada em museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
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