JAPÃO- TRIPLA TRAGÉDIA

Passam de 4300 os mortos contabilizados e estima-se em mais de 9000 os desaparecidos após a tríplice tragédia ocorrida no Japão na última semana, começando no dia 11 de março. De acordo com o premiê do Japão, a tripla tragédia (terremotos, tsunamis e vazamento nuclear) é a pior catástrofe a atingir o país nos 65 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
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ATUALIZAÇÃO EM 03/04/2011: Autoridades japonesas informaram neste sábado que água com altos níveis de radioatividade vazou para o mar próximo do reator 2 do Complexo Nuclear de Fukushima. A água vazou de uma fissura de cerca de 20 centímetros detectada em uma estrutura de concreto do reator, conforme informações da agência japonesa "Kyodo News". Segundo a Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da central de Fukushima, a radioatividade medida na água que escapa do reator 2 é cerca de mil milisieverts por hora, algo próximo de 330 vezes a radiação à qual uma pessoa é exposta normalmente durante um ano. Ainda, conforme a agência Kyodo News, a Tepco tentou reparar o vazamento por meio de aplicação de concreto, em uma medida de emergência, sem sucesso.

A agência japonesa "Kyodo" reportou que mais uma tentativa de reparar o dano será feita por meio de injeção de material plástico neste domingo. Foi decidido injetar polímero em pó nos encanamentos que conduzem à fossa, situada perto da tomada da água do reator 2 e que contêm cabos elétricos. Os especialistas acreditam que a água que inunda tanto a fossa como o porão do prédio da unidade 2 provêm do núcleo do reator, devido à sua elevada radioatividade. A magnitude do vazamento e a quantidade de água radioativa descarregada no mar ainda são desconhecidas até o momento.

Foi divulgada ainda, neste domingo, a notícia de que os corpos de dois trabalhadores, funcionários da Tepco, de 21 e 24 anos, que estavam desaparecidos desde o terremoto e tsunami do dia 11 de março, foram encontrados em uma unidade da usina de Fukushima, na última quarta-feira. Até o momento, o número de mortos por causa da tragédia é de 12.009, segundo o cálculo da Polícia japonesa.
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Atualização em 31/03/2011: O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse hoje(31) que a usina nuclear de Fukushima Daiichi deve ser desativada. Em decorrência dos estragos provocados pelo terremoto seguido de tsunami no último dia 11 os reatores da usina ficaram danificados produzindo explosões e vazamentos radioativos que não puderam ser contidos. A Tokyo Electric Power Company (Tepco) informou ser inevitável desativar pelo menos quatro dos seis reatores da usina. As instalações do complexo de Fukushima Daiichi foram construídas há mais de 40 anos na costa do Oceano Pacífico, a 250 quilômetros de Tóquio. Devido ao temor dos efeitos da radiação, cerca de 1 mil corpos não poderão ser resgatados dentro da zona de evacuação de 20 quilômetros ao redor da usina, segundo fontes da Polícia japonesa. Além disso, os mortos dentro desta área não poderiam ser submetidos à cremação, como é costume no Japão. O procedimento poderia liberar gases radioativos. Também não se consideraria seguro enterrar os cadáveres. Poderiam contaminar o terreno. O número de mortos pelo terremoto no Japão é de 11.438 e o de desaparecidos é de 16.541 pessoas, de acordo com o último boletim da Polícia japonesa.

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Atualização em 28/03/2011:Segundo informações da Agência Reuters (Tóquio), em reportagem de Yoko Nishikawa, engenheiros travam uma batalha para controlar os reatores danificados pelo terremoto e tsunami do último dia 11. O repórter afirmou que o vice-presidente da Tokyo Eletric Power (TEPCO) disse, nesta segunda -feira a jornalistas, que resultados de testes mostraram que o plutônio foi detectado em amostras retiradas há uma semana do local. E, de acordo com outras fontes, o reator 3 da Usina de Fukushima está vazando material radioativo há dias, sem previsão de controle. No dia de ontem, foi registrado mais um terremoto na mesma região, este de magnitude 6,5 na escala Richter. De acordo com cientistas, o continente japonês já se moveu 2,4 conforme medições de GPS e o solo afundou cerca de 66 cm até agora. Contudo, especialistas afirmam que, no momento o mais grave relacionado a esta tragédia, é o vazamento que não se deixa conter.

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Atualização em 24/03/2011: De acordo com informações do Comanda Nacional da Polícia do Japão, o número de mortos sobe para 9.811 e o de desaparecidos para 17.541. Segundo a agência de fiscalização nuclear da ONU, cientistas japoneses encontraram concentrações "mensuráveis" das substâncias radioativas Iodo-131 e Césio-137 em amostras de água do mar retiradas a 30 quilômetros da costa. E, de acordo com a agência de notícias Kyodo, as autoridades detectaram nesta quinta-feira a presença de Césio radioativo em um nível 1,8 acima do considerado padrão em vegetais disponibilizados em Tóquio. Foi a primeira vez que se detectou a contaminação em vegetais plantados na capital, 240 quilômetros ao sul da usina de Fukushima.
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Atualização em 22/03: Segundo informações da polícia nacional japonesa, divulgadas nesta terça-feira, o número dos mortos e desaparecidos depois do cismo e Tsunami de 11 de março último chegou aos 22 mil, sendo cerca de 9 mil mortos e quase 13 mil desaparecidos. Informam ainda que, 270 mil desalojados estão abrigados em 1900 centros espalhados por 16 províncias.

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No dia 11 de março ocorreu um terremoto submarino de cerca de 9 graus na escala Richter no litoral nordeste do Japão. Este foi o mais grave cismo já registrado no país e o sexto pior da história no mundo. O mesmo deu origem a duas ondas gigantes (tsunamis) com altura de até 10 metros. O cismo com as Tsunamis foram seguidos de vazamento nuclear em pelo menos três das cerca de dezessete usinas nucleares japonesas, onde se registrou explosões decorrentes de superaquecimento dos reatores nucleares, devido a falhas no sistema de refrigeração dos mesmos, que contém o urânio radioativo. Até agora se constatou a contaminação nuclear em 22 pessoas. A ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou a agências internacionais que, três reatores nucleares do Japão têm danos em seus núcleos, os de número 1, 2 e 3 do Complexo Fukushima Daiichi. Ainda afirmou nesta quarta-feira, em Viena, Yukiya Amano, Diretor –Geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica): “A situação evoluiu e é muito séria”.

A tragédia no país asiático é de proporções desconhecidas até o momento. Há muitos números em aberto, desde os de vidas humanas já perdidas até uma grande perda de recursos econômicos, que certamente deixará travada a infra-estrutura por um longo tempo. Os economistas afirmam que a recuperação na economia do Japão será ainda mais lenta e penosa se as falhas no abastecimento de energia forem significativas e prolongadas. Neste caso, o desenrolar da tragédia do vazamento nas usinas do Complexo de Fukushima torna-se decisivo para calcular os efeitos da tragédia como um todo. O risco de um acidente nuclear grave na central de Fukushima pode ditar um cenário mais negro para o Japão, afetando o mundo inteiro. O país, notadamente um arquipélago de 6.852 ilhas, é uma grande potência econômica. Tem o terceiro maior Produto Interno Bruto, a terceira maior economia em poder de compra, é o quarto maior exportador e o sexto maior importador mundial.
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Lucas, um dos quatro evangelistas do Novo Testamento, descreve as palavras de Jesus Cristo sobre tais eventos: “E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu. E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto. E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia".

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