As imagens das multidões nas ruas, descritas
por um repórter brasileiro como “um mar
de gente”, dão a dimensão do descontentamento, do volume da demanda reprimida e
da profundidade da decepção acumulada.
Está claro que o País do Carnaval e do Futebol
tem vocação para muito mais pelo aprimoramento da Democracia que conquistou a duras penas. E, ao que tudo indica, aprimorará.
As manifestações expõem uma gravíssima crise interna de representatividade política. Uma desilusão com o que está posto. Fato que
ficou bem demonstrado quando militantes de partidos políticos com suas
bandeiras foram expulsos de um dos atos em determinada capital brasileira. Está
claro também que o País do carnaval, do futebol e da corrupção está exaurindo sua
capacidade de tolerar.
As imagens mostram que o Brasil mudou. A juventude, que encarna a vanguarda dos protestos, deixa a sua mensagem de que tem pressa, ao mesmo tempo em que grita o grito reprimido de toda a
nação, sufocada ante a incompetência, o descaso e a corrupção.
As classes
intermediárias e trabalhadoras, não protegidas sob a sombra do poder nem seduzidas pelos benefícios sociais, reagem. Contestam a obrigatoriedade do duplo financiamento dos serviços de Saúde, Educação, Segurança
e Transporte ante uma das mais altas cargas tributárias e uma contrapartida entre as mais precárias do mundo. E vão para as ruas.
O grito deste povo faz eco em todos os cantos do país, perpassa os oceanos e chega a lugares longínquos do Planeta. A unanimidade da revolta engendrada causada por causa da incompetência, negligência, malversação e corrupção relacionados aos recursos públicos, desconcerta, desorienta e apavora. Mas,
certamente, sacudirá os que ainda dormem em“berço esplêndido” à sombra de um sem número de bandeiras partidárias, expostas à beira das estradas aguardando a melhor oferta. Uma das anomalias de nossa democracia.
As imagens deste “mar de gente” ocupando as ruas do Brasil, não deixam qualquer dúvida de que o povo trabalhador e pagador de impostos, está bem desperto e preparado para ser o protagonista de sua própria História. Se não pelas urnas, o fará pelas ruas.
As imagens deste “mar de gente” ocupando as ruas do Brasil, não deixam qualquer dúvida de que o povo trabalhador e pagador de impostos, está bem desperto e preparado para ser o protagonista de sua própria História. Se não pelas urnas, o fará pelas ruas.
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