“Senhor, não permita que nossos olhos, ao serem levantados para
olhar os campos brancos para a ceifa, se levantem demais, ao ponto de
não enxergarmos as sementes de mostarda que estão junto a nós, ao nosso
lado”. Esta expressão utilizada em uma oração por uma das sócias da
MCAPIBGOIÂNIA no último dia 23 de abril, em visita a Meribá, retratava o atual momento do povo batista goiano com relação aos projetos ministeriais que concebe, abraça e desenvolve.
Nesta visão, inclui-se a Comunidade Terapêutica Águas de Meribá, instituição fundada e mantida pelos batistas para recuperação de mulheres dependentes químicas, que vive uma nova fase. Tal fase, que coincide com a proposta da CBB (Convenção Batista Brassileira) para este ano de 2013: “VALORIZANDO A NOVA
GERAÇÃO”, é marcada pelo acolhimento de crianças entre os residentes da casa de recuperação. Para tanto, o local onde já está em curso uma reforma bastante perceptível nas dependências físicas, passa simultaneamente, por outra reforma talvez mais contundente, não prevista pelos pioneiros ao idealizarem a Instituição.
Mediante demanda, Águas de Meribá passou nos últimos meses a destinar recursos, tempo e cuidados a filhos de internas. Um dos casos diz respeito a uma jovem que retornou à família no interior do Estado após ficar "limpa" (termo empregado popularmente para descrever a desintoxição). A moça tentou, por cerca de um ano, refazer sua vida na companhia do marido e dos três filhos, cuja guarda legal reconquistou, já que a havia perdido por ocasião do envolvimento com as drogas. Ao final deste ano a ex-interna buscou novamente abrigo para si e para as três crianças em Meribá. Desta vez, desejava garantir a si mesma a condição de livre e proteger os filhos do risco do envolvimento com os entorpecentes. Relatara que o ambiente onde viviam continuava a representar ameaça a todas as suas conquistas de libertação.
Mediante demanda, Águas de Meribá passou nos últimos meses a destinar recursos, tempo e cuidados a filhos de internas. Um dos casos diz respeito a uma jovem que retornou à família no interior do Estado após ficar "limpa" (termo empregado popularmente para descrever a desintoxição). A moça tentou, por cerca de um ano, refazer sua vida na companhia do marido e dos três filhos, cuja guarda legal reconquistou, já que a havia perdido por ocasião do envolvimento com as drogas. Ao final deste ano a ex-interna buscou novamente abrigo para si e para as três crianças em Meribá. Desta vez, desejava garantir a si mesma a condição de livre e proteger os filhos do risco do envolvimento com os entorpecentes. Relatara que o ambiente onde viviam continuava a representar ameaça a todas as suas conquistas de libertação.
O outro caso é o de uma interna de Brasília que também buscou refúgio
junto à Comunidade Terapêutica para amparar sua prole. E, uma terceira história que linca Meribá a crianças é a de uma
ex interna, agora "limpa", que visita a casa com o filhinho recém-nascido nos braços para animar as novas internas com seu depoimento. Ela afirma ser possível recomeçar, mas com lutas e firme resistência. Com o bebezinho, ternamente acomodado nos braços, demonstra que é possível e necessário manter-se longe do alcance das drogas.
Deste modo, os atuais
líderes Pr. Sérgio e Márcia Grycuk, missionários
comissionados pelos batistas sobre Águas de Meribá, estão tendo que promover adaptações às instalações físicas e readequações de outras naturezas com o fim de atender com o mínimo conforto e dentro das exigências legais, a este novo segmento, pequenas famílias com crianças. Para tal faz-se necessário fazer inscrição destes novos núcleos familiares em programas sociais de
complementação de renda, efetuar matrícula das crianças na rede pública de ensino, providenciar moxilas para o transporte de material escolar, assim como procurar cursos profissionalizantes para as mães, a fim de habilitá-las a uma condição de autonomia financeira como chefes de suas famílias.
Nesta conjuntura, passam a figurar entre as incumbências dos gestores em Meribá, novas atribuições. São muitas mudanças: físicas, emocionais, sociais e espirituais em prol do novo reordenamento. Tal, certamente, afeta as pessoas em sua condição de indivíduos e enquanto grupos, residentes e visitantes. A presença das crianças renova o ambiente e, ao contrário do que se poderia pensar, não provoca desarumação ou desarmonia. O cenário e o humor dos residentes demonstram a excelência do cuidado dispensado a cada área atendida incluindo as dependências físicas. Por janelas
abertas, é possível ao visitante reparar, por exemplo, que roupas e calçados provindos de doações, estão ordenados em araras e prateleiras em cômodo próprio, à espera de lavagem e ajustes para serem utilizados.
As novas instalações físicas, agora praticamente duplicadas e pintadas em verde-claro, foram ampliadas e remanejadas visando melhor
aproveitamento de espaço e maior conforto. O prédio que fica acima,
considerando o leve declive do terreno, foi coberto por um novo telhado e alguns acessos sofreram intervenções, como o da entrada principal, que agora fica mais à mão de quem chega ao pequeno complexo. Do mesmo modo, a sala da recepção foi ampliada em alguns metros em
relação à antiga e nela colocadas mais cadeiras com vistas a uma melhor
acomodação aos visitantes.
O paisagismo é outro ponto de destaque. Circundando as edificações em alvenaria, estende-se o gramado com passarelas livres e com canteiros contornados por blocos de concreto pintados em branco contendo folhagens e flores. Enfim, cada coisa parece em seu devido lugar e, segundo estudiosos em comportamento humano, a harmonia externa colabora para que o ser humano enquanto pessoa, encontre também o seu equilíbrio interior.
O paisagismo é outro ponto de destaque. Circundando as edificações em alvenaria, estende-se o gramado com passarelas livres e com canteiros contornados por blocos de concreto pintados em branco contendo folhagens e flores. Enfim, cada coisa parece em seu devido lugar e, segundo estudiosos em comportamento humano, a harmonia externa colabora para que o ser humano enquanto pessoa, encontre também o seu equilíbrio interior.
O sugestivo cenário daquela terça-feira em Meribá,
remetia a uma alegoria retratada em Cânticos 2: 11-15: "Porque eis que
passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as flores na terra,
o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A
figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu
aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem. Pomba minha, que
andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua
face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face
graciosa. Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor".
Porém, quando tudo é descrito como calmo, sereno e
tranquilo, o Espírito de Deus alerta para a necessidade de precaução, notadamente relacionada aos pequenos e sutis elementos, representados na metáfora das raposinhas. O texto informa que elas fazem mal às vinhas, especialmente quando estas estão em flor. E este é o momento atual de Meribá, recebendo e cuidando de crianças.
Aos demais envolvidos com a obra em Meribá, assim como com os outros projetos missionários batistas no Estado, é oportuno refletir sobre o teor da oração destacada no preâmbulo destas considerações. É necessário a todos, como igreja, nos precavermos de pisotear as sementinhas da horta doméstica, quando nos lançamos a horizontes estéreis em busca de holofotes para vitrines de carreiras-solo.
Aos demais envolvidos com a obra em Meribá, assim como com os outros projetos missionários batistas no Estado, é oportuno refletir sobre o teor da oração destacada no preâmbulo destas considerações. É necessário a todos, como igreja, nos precavermos de pisotear as sementinhas da horta doméstica, quando nos lançamos a horizontes estéreis em busca de holofotes para vitrines de carreiras-solo.
Imagens: DECOM- UFMBPIBGOIÂNIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por ter vindo!