domingo, 26 de dezembro de 2010

NATAL!


O vocábulo Natal,em português, vem do latim 'natális', que significa nascer, ser posto no mundo. Seu significado nas línguas românicas - italiano 'natale', francês 'noël', catalão 'nadal', espanhol 'natal'(navidad de J.C). Em inglês, a palavra que designa o Natal - 'Christmas' - provém das palavras latinas 'Cristes maesse', significando em inglês 'Christ's Mass", missa de Cristo. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro celebra o nascimento de Jesus Cristo. 

Os mitraístas(uma religião de mistérios, provavelmente do século II a. C. no Mediterrâneo), estabeleceram o dia 25 de dezembro como a data do Natalis Solis Invicti, ou o Nascimento do Sol Invencível. Esta festividade pagã envolvia a decoração de árvores com luzes (velas) e a troca de presentes. Mais tarde, após a cristianização do Império Romano, o dia 25 de dezembro passou a ter o significado atual de comemoração do natalício de Jesus. Mário Righetti, um notável teólogo católico, afirma: “A Igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente instituir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desviá-las da festa pagã, a Natalis Solis Invicti, celebrada no mesmo dia.” 

A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal, como hoje é conhecido, foi celebrado no ano de 336 d.C. e oficializado no Concílio de Nicéia no ano de 440 d.C. Os evangelhos não indicam nem o dia nem o mês do nascimento de Jesus Cristo. Tornam-se assim, livres a data e mesmo o significado das comemorações natalinas, interpretadas de acordo com a cultura e a filosofia de vida de cada qual. Está claro, contudo, que o natal ou remete à verdadeira essência da mensagem de Jesus Cristo ou as festividades assumem um cunho essencialmente pagão, materialista e consumista.


Tradições Natalinas
A Árvore de Natal- A maioria das versões apontam que a primeira árvore de natal com conotação cristã surgiu na Alemanha. Segundo consta, teria sido Martinho Lutero, ex-padre e reformador protestante do século XVI, quem teve a idéia de enfeitar com velas um pinheiro em sua casa, para que as crianças pudessem imaginar como estaria o céu na noite do nascimento de Jesus.

O Presépio. O primeiro presépio foi idealizado por São Francisco de Assis, na véspera do Natal de 1223, no povoado de Grécio, Itália. Ele providenciou que fosse preparado um presépio vivo, composto de pessoas, palhas, uma manjedoura, um boi e um jumento. O seu propósito, ao realizar tal teatralização, foi o de fazer com que as pessoas contemplassem as condições em que o menino Jesus havia nascido.

Os Reis Magos. Baltazar, Gaspar e Melquior foram os três reis magos que chegaram na noite do nascimento de Cristo, vindos do Oriente. Trouxeram oferendas de ouro, mirra e incenso para o menino Jesus. O ouro significava o poder de reinar sobre os homens. A mirra, usada na medicina da época, simbolizava a humanidade de Jesus. O incenso significava a divindade. Assim, os três presentes anunciavam que Jesus era, a um só tempo, rei, homem e divindade.

Troca de presentes. O costume de realizar-se troca de presentes teve origem na Antiga Roma. Inicialmente, os romanos presenteavam uns aos outros com os galhos de uma árvore considerada sagrada. Mais tarde, passaram a fazer uso de itens cada vez mais sofisticados, como ouro, prata e alimentos preparados com mel – que simbolizavam votos de felicidade para o ano novo.

Papai Noel. O primeiro Papai Noel foi o Bispo Nicolau, que viveu em Myra, Turquia, por volta do ano 400. Ele distribuía doces e brinquedos para as crianças. Vários milagres lhe foram atribuídos. Assim, mais tarde, ele foi canonizado como São Nicolau, padroeiro da Rússia. Nos Estados Unidos, seu mito ganhou força graças ao cartunista Thomas Nast, que publicou seu desenho pela primeira vez na revista Christmas Supplement, em 31 de dezembro de 1870.

Foi perguntado a um senhor durante a comemoração de seu aniversário no dia 25 de dezembro, qual o segredo de ter tido um casamento feliz e vivido cem natais: “casamento bom é ter muita paciência e viver muito é não beber, não fumar e não comprar fiado. Comprar fiado estraga o cérebro”. Preceitua o lúcido ancião centenário. Assim, o segredo da felicidade pode ser mais barato, mais simples e até contrário ao sugerido pelo natal comercial de nossos dias.
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