Em que a luz da razão, qual tocha acesa,
Vem conduzir a simples natureza,
É hoje que o teu mundo principia.
A mão, que te gerou, teus passos guia,
Despreza ofertas de uma vã beleza,
E sacrifica as honras e a riqueza
Às santas leis do Filho de Maria.
Estampa na tu’alma a caridade,
Que amar a Deus, amar aos semelhantes
São eternos preceitos da verdade;
Tudo o mais são idéias delirantes;
Procura ser feliz na eternidade,
Que o mundo são brevíssimos instantes.
Alvarenga Peixoto (1744 - 1793)
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Inácio José de Alvarenga Peixoto - nasceu no Rio de Janeiro, em 1743 e morreu em Angola (África), para onde foi exilado, em 1792, depois da Inconfidência Mineira. Com 14 anos, improvisava versos e competia com o colega Basílio da Gama. Após estudos secundários no Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, formando-se e ingressando na magistradura (foi juiz da vila de Cintra (Portugal) durante três anos). Em 1776, de volta à pátria, foi nomeado ouvidor da comarca do Rio das Mortes (Minas), com sede em São João del Rei, onde conheceu a poeta Bárbara Heliodora, bonita e prendada, filha de uma família paulista. Casou-se com Bárbara Heliodora em 1781. Abandonou a magistradura e dedicou-se à mineração. Ganhou dinheiro, comprou fazendas e escravos, levando uma vida feliz com a mulher e quatro filhos, entre os quais Maria Efigênia, "a princesa do Brasil", segundo o pai. Implicado na Inconfidência Mineira, foi preso e conduzido para a Ilha das Cobras (Rio de Janeiro), e de lá, em exílio perpétuo, para Angola (África), onde faleceu. A família desfez-se: a esposa enlouqueceu, Maria Efigênia suicidou-se, os outros três filhos sofreram rudemente. (De acordo com informações veiculadas no: www.colegioweb.com.br)
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