O Oxi ou Oxidado é uma variante do Crack e uma das mais potentes e perigosas drogas entorpecentes conhecidas no Brasil, onde já se espalhou por 11 de suas 27 unidades federativas. Sua distribuição no território nacional se dá a partir do Acre, vindo da Bolívia. Seu processamento ocorre ao norte do país andino, na Amazônia boliviana, de onde segue para o Brasil, transportado por “mulas”, recrutadas especialmente entre pessoas jovens. As cidades brasileiras de Brasiléia e Epitaciolândia são as principais portas de entrada da droga no país, graças a dois fatores associados, sua situação geográfica próxima à zona de produção do entorpecente e por apresentar grande vulnerabilidade social. Especialmente em suas periferias, às margens dos rios, os habitantes moram em casas de madeira sobre palafitas, à distância de 'um leito d´água' da cidade de Cobija, na República Boliviana.
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Histórico e disseminação da droga no Brasil- Chegou-se ao Oxi quase acidentalmente, graças a um estudo desenvolvido cujo foco era acompanhar o uso de mescla ou merla, droga amplamente usada nas cidades acreanas, e a vulnerabilidade dos usuários à Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis. Durante os anos de 2003 e 2004, a Reard, uma organização que atua na região, pesquisou 75 casos de usuários de drogas provenientes do refugo, ou resto, da produção de cocaína boliviana. A mescla ou merla é uma espécie de “tia” mais rudimentar do crack, produzida a partir do refugo da cocaína, mais alguns produtos químicos como cal, querosene, acetona, solução de bateria elétrica etc. A pesquisa acabou se deparando com uma dura realidade: nas cidades fronteiriças, o oxi substituiu a mescla, com efeitos muito mais nocivos. Segundo estudiosos, os primeiros brasileiros a se tornarem usuários do Oxi estão entre os que trabalhavam como “mulas” no transporte da droga atravessando a fronteira para alimentar o comércio ilegal. Assim, o Oxi, produzido na Bolívia e no Peru, começou a entrar no Brasil em 2005 pelo interior do Acre, chegou a avançou a Rio Branco e avançou para outras capitais da região Norte, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia). Depois, houve apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí. Neste último estado foram confirmadas 18 mortes, em 2011, por conta do uso da droga. Atingiu também o Mato Grosso, Maranhão e Paraná. E registros atuais dão conta da circulação da droga já em 11 Estados brasileiros.
O processamento e a comercialização- Tanto o Crack quanto o Oxi, são vendidos em pedras, que podem ser brancas (Crack) ou amareladas, no caso do Oxi. Assim como o crack, o princípio ativo do óxi é a pasta base da folha de coca, conseguida a partir da trituração da folha, encontrada nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Para obter a pasta base, utiliza-se ácido sulfúrico e outros componentes tóxicos. O crack é conseguido a partir da mistura e queima da pasta base com bicarbonato de sódio e amoníaco, enquanto que para se obter o Oxi, adiciona-se à pasta base, cal virgem e algum combustível, como querosene, gasolina e até solução de bateria, substâncias que barateiam o custo do entorpecente. Enquanto a mescla, ou merla, muito popular na região, custa de 5 a 10 reais uma trouxinha que serve três cigarros, o oxi é vendido entre 2 e cinco reais por 5 pedras. Preço equivalente a um quarto do valor pago no Crack.
Efeitos e danos ao organismo- O Oxi é tem um efeito tão rápido quanto forte. É inalado ou fumado assim como o crack, na lata ou no cachimbo. Mas há casos, também, de consumo de oxi triturado, em cigarros, misturado à maconha ou ao tabaco, e ainda em pó, aspirado. Em qualquer forma, o consumo é sempre acompanhado de bebida, em geral cachaça, cerveja ou mesmo álcool. Utilizam frequentemente, o álcool de tampinha azul, misturado com suco de groselha, que é álcool etílico, desinfetante usado na limpeza de casas. A droga inalada chega ao cérebro entre sete e 9 segundos e acelera o metabolismo do usuário, causando sensações de euforia, depressão, medo e paranóia. Diferente da cocaína, os efeitos duram pouco tempo, no máximo 10 minutos. Tais circunstâncias obrigam o drogado a inalar o produto repetidamente para manter o “barato”, o que aumenta as agressões ao organismo. Como a droga só dá “barato” (termo usado para definir a sensação advinda do consumo do produto) no momento em que está sendo consumida, e cada pedra dura cerca de 15 minutos, o álcool serve de alívio entre uma "pipada” e outra, num ritual que se alonga por mais de 6 horas, geralmente à noite. De acordo com autoridades médicas a droga causa dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão, afetam o sistema cardiorrespiratório e promovem uma vasoconstrição muito intensa. Muitos usuários têm perda de consciência, o que leva a uma parada cardíaca e ao coma. O que torna o óxi mais letal que o crack, é, em primeiro lugar, os componentes adicionais, cal e combustível, e depois, a quantidade do princípio ativo da cocaína. No óxi é de 60% do composto, superior ao encontrado no crack.
Para conseguir mais droga e calar a “fissura”, é comum os usuários se entregarem a pequenos roubos e à prostituição, o que os torna mais vulneráveis à AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis. Deste modo, tanto o início do uso da droga quanto início da vida sexual acontece dos nove aos 14 anos de idade. A perspectiva de vida do usuário é bem baixa, se considerar que, embora não haja estudos conclusivos a respeito do Oxi, autoridades policiais afirmam que em média 30% dos usuários do entorpecente não sobrevivem após um ano de uso.
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Histórico e disseminação da droga no Brasil- Chegou-se ao Oxi quase acidentalmente, graças a um estudo desenvolvido cujo foco era acompanhar o uso de mescla ou merla, droga amplamente usada nas cidades acreanas, e a vulnerabilidade dos usuários à Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis. Durante os anos de 2003 e 2004, a Reard, uma organização que atua na região, pesquisou 75 casos de usuários de drogas provenientes do refugo, ou resto, da produção de cocaína boliviana. A mescla ou merla é uma espécie de “tia” mais rudimentar do crack, produzida a partir do refugo da cocaína, mais alguns produtos químicos como cal, querosene, acetona, solução de bateria elétrica etc. A pesquisa acabou se deparando com uma dura realidade: nas cidades fronteiriças, o oxi substituiu a mescla, com efeitos muito mais nocivos. Segundo estudiosos, os primeiros brasileiros a se tornarem usuários do Oxi estão entre os que trabalhavam como “mulas” no transporte da droga atravessando a fronteira para alimentar o comércio ilegal. Assim, o Oxi, produzido na Bolívia e no Peru, começou a entrar no Brasil em 2005 pelo interior do Acre, chegou a avançou a Rio Branco e avançou para outras capitais da região Norte, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia). Depois, houve apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí. Neste último estado foram confirmadas 18 mortes, em 2011, por conta do uso da droga. Atingiu também o Mato Grosso, Maranhão e Paraná. E registros atuais dão conta da circulação da droga já em 11 Estados brasileiros.
O processamento e a comercialização- Tanto o Crack quanto o Oxi, são vendidos em pedras, que podem ser brancas (Crack) ou amareladas, no caso do Oxi. Assim como o crack, o princípio ativo do óxi é a pasta base da folha de coca, conseguida a partir da trituração da folha, encontrada nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Para obter a pasta base, utiliza-se ácido sulfúrico e outros componentes tóxicos. O crack é conseguido a partir da mistura e queima da pasta base com bicarbonato de sódio e amoníaco, enquanto que para se obter o Oxi, adiciona-se à pasta base, cal virgem e algum combustível, como querosene, gasolina e até solução de bateria, substâncias que barateiam o custo do entorpecente. Enquanto a mescla, ou merla, muito popular na região, custa de 5 a 10 reais uma trouxinha que serve três cigarros, o oxi é vendido entre 2 e cinco reais por 5 pedras. Preço equivalente a um quarto do valor pago no Crack.
Efeitos e danos ao organismo- O Oxi é tem um efeito tão rápido quanto forte. É inalado ou fumado assim como o crack, na lata ou no cachimbo. Mas há casos, também, de consumo de oxi triturado, em cigarros, misturado à maconha ou ao tabaco, e ainda em pó, aspirado. Em qualquer forma, o consumo é sempre acompanhado de bebida, em geral cachaça, cerveja ou mesmo álcool. Utilizam frequentemente, o álcool de tampinha azul, misturado com suco de groselha, que é álcool etílico, desinfetante usado na limpeza de casas. A droga inalada chega ao cérebro entre sete e 9 segundos e acelera o metabolismo do usuário, causando sensações de euforia, depressão, medo e paranóia. Diferente da cocaína, os efeitos duram pouco tempo, no máximo 10 minutos. Tais circunstâncias obrigam o drogado a inalar o produto repetidamente para manter o “barato”, o que aumenta as agressões ao organismo. Como a droga só dá “barato” (termo usado para definir a sensação advinda do consumo do produto) no momento em que está sendo consumida, e cada pedra dura cerca de 15 minutos, o álcool serve de alívio entre uma "pipada” e outra, num ritual que se alonga por mais de 6 horas, geralmente à noite. De acordo com autoridades médicas a droga causa dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão, afetam o sistema cardiorrespiratório e promovem uma vasoconstrição muito intensa. Muitos usuários têm perda de consciência, o que leva a uma parada cardíaca e ao coma. O que torna o óxi mais letal que o crack, é, em primeiro lugar, os componentes adicionais, cal e combustível, e depois, a quantidade do princípio ativo da cocaína. No óxi é de 60% do composto, superior ao encontrado no crack.
Para conseguir mais droga e calar a “fissura”, é comum os usuários se entregarem a pequenos roubos e à prostituição, o que os torna mais vulneráveis à AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis. Deste modo, tanto o início do uso da droga quanto início da vida sexual acontece dos nove aos 14 anos de idade. A perspectiva de vida do usuário é bem baixa, se considerar que, embora não haja estudos conclusivos a respeito do Oxi, autoridades policiais afirmam que em média 30% dos usuários do entorpecente não sobrevivem após um ano de uso.
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esse site foi muito bom para a minha pesquisa s2
ResponderExcluirFico duplamente feliz em ser útil. Como profissional e como cristã.
ResponderExcluirUm grande abraço,
Carmelita Graciana.