Uma emissora brasileira de televisão exibirá, a partir deste mês, uma novela sobre o tema paixão. Um dos sentimentos mais voláteis de todos os tempos. E, para o mestre em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), André Camargo Costa, vivemos a era dos amores líquidos.
Seu pensamento coincide com o do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, autor do livro “Amores Líquidos” (Editora Jorge Zahar), que acredita estarem os relacionamentos cada vez mais descartáveis.
Segundo a teoria deste último, é cada vez mais rara a disposição para negociar os impulsos, investir em projetos de longo prazo e tolerar, os pré-requisitos que garantiriam um relacionamento duradouro. Como consequência, as pessoas se machucam mais e se fecham mais para o amor.
Foi-se o tempo em que a expressão: “até que a morte nos separe” tinha um significado profundo e tirava suspiros nos convidados às cerimônias de casamento. Hoje, tais cerimônias estão cada vez mais sofisticadas, dispendiosas e superficiais. A parafernália de registro, como o cerimonial, fotógrafos e operadores de câmeras fazem lembrar a filmes com personagens e figurantes. E para a melhor das promessas no ‘dia do sim’, poderia ser tomada a última frase do Soneto de Fidelidade, de Vinícius de Morais: “Que seja infinito enquanto dure”. Lamentavelmente, em não poucos casos, dura apenas uma noite, um pileque, um momento.
Contrastando com esta tendência, foi divulgado neste ano um achado arqueológico na Espanha. Um par de esqueletos abraçados, do período neolítico, há seis mil anos. Após o estudo detalhado dos esqueletos, que especialistas estão chamando de “os apaixonados”, o diretor das escavações, afirmou: “Poderiam ser pai e filha, ou mãe e filha, o que mudaria o romantismo do descobrimento, mas ainda assim mantém o vínculo de um grande amor”.
Diante da fragilidade dos relacionamentos atuais, a imagem é bastante sugestiva. O amor merece um registro duradouro. Remete-nos ainda à Carta de Paulo aos Coríntios 13, que afirma: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”.
Seu pensamento coincide com o do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, autor do livro “Amores Líquidos” (Editora Jorge Zahar), que acredita estarem os relacionamentos cada vez mais descartáveis.
Segundo a teoria deste último, é cada vez mais rara a disposição para negociar os impulsos, investir em projetos de longo prazo e tolerar, os pré-requisitos que garantiriam um relacionamento duradouro. Como consequência, as pessoas se machucam mais e se fecham mais para o amor.
Foi-se o tempo em que a expressão: “até que a morte nos separe” tinha um significado profundo e tirava suspiros nos convidados às cerimônias de casamento. Hoje, tais cerimônias estão cada vez mais sofisticadas, dispendiosas e superficiais. A parafernália de registro, como o cerimonial, fotógrafos e operadores de câmeras fazem lembrar a filmes com personagens e figurantes. E para a melhor das promessas no ‘dia do sim’, poderia ser tomada a última frase do Soneto de Fidelidade, de Vinícius de Morais: “Que seja infinito enquanto dure”. Lamentavelmente, em não poucos casos, dura apenas uma noite, um pileque, um momento.
Contrastando com esta tendência, foi divulgado neste ano um achado arqueológico na Espanha. Um par de esqueletos abraçados, do período neolítico, há seis mil anos. Após o estudo detalhado dos esqueletos, que especialistas estão chamando de “os apaixonados”, o diretor das escavações, afirmou: “Poderiam ser pai e filha, ou mãe e filha, o que mudaria o romantismo do descobrimento, mas ainda assim mantém o vínculo de um grande amor”.
Diante da fragilidade dos relacionamentos atuais, a imagem é bastante sugestiva. O amor merece um registro duradouro. Remete-nos ainda à Carta de Paulo aos Coríntios 13, que afirma: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”.