sexta-feira, 7 de outubro de 2011

NOBEL DA PAZ 2011- TRÊS MULHERES DIVIDEM PRÊMIO!


O comitê Nobel norueguês anunciou como vencedoras do Nobel da Paz 2011 as liberianas Ellen Johnson Sirleaf (ao centro)
e Leymah Gbowee (à direita) e a iemenita Tawakul Karman(à esquerda).



(imagem: fotografia.folha.uol.com.br)

Ellen Johnson Sirleaf-
de 72 anos, mãe de quatro filhos e avó de oito netos e atual Presidente da Libéria. Nasceu na capital do país, Monróvia, em 1938. É economista formada em Harvard. Trabalhou na ONU e no Banco Mundial e foi Ministra das Finanças dos presidentes William Tubman e William Tolbert. Foi a primeira mulher eleita democraticamente na África chegando ao poder nas eleições de novembro de 2005 por ter colocado um fim ao conflito armado na Libéria e contribuído à queda do presidente anterior, Charles Taylor, julgado por crimes contra a humanidade por um tribunal internacional.

Leymah Roberta Gbowee- nasceu na zona central da Libéria. Aos 17 anos mudou-se para Monróvia, a capital, quando a Segunda Guerra Civil rebentou. Formou-se como terapeuta durante a guerra civil e trabalhou com crianças que foram meninos-soldados do exército de Charles Taylor. Esta ativista africana tem seis filhos e, rodeada pelas imagens de guerra, concluiu que qualquer mudança na sociedade, dependeria da organização e engajamento das mães. Foi responsável por organizar o movimento de paz, mobilizando e organizando as mulheres de etnias e religiões diferentes a fim de conseguir acabar com a guerra na Libéria e garantir a sua participação nas eleições. Tal movimento colocou fim à Segunda Guerra Civil da Libéria em 2003 e conduziu à eleição Ellen Johnson-Sirleaf como a primeira mulher presidente de um país africano.

Tawakul Karman, é jornalista e membro do partido islâmico Islah. Tem três filhos e liderou a organização Mulheres Jornalistas sem Correntes, um grupo de defesa dos direitos humanos. Tem 32 anos e liderou movimentos de luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen, antes e durante a "Primavera Árabe". Tem desempenhado um papel fundamental na organização dos protestos no Iémen contra o governo do Presidente Ali Abdullah Saleh, que tiveram início no final do último janeiro. Nota: O pai de Karman foi ministro dos assuntos legais no governo de Saleh.

(Com informações das agências internacionais)
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Lista de todos os vencedores do Prêmio Nobel da Paz


2009 - Barack Obama (presidente dos Estados Unidos) "por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos"
2008 - Martti Ahtisaari (ex-presidente da Finlândia), "por seus esforços em vários continentes, em mais de três décadas, para resolver conflitos internacionais" *
2007 - Al Gore (ex-vice-presidente dos EUA) e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, "pelos esforços em construir e disseminar grande conhecimento sobre as ações do homem na mudança do clima e por assentar os fundamentos para as medidas necessárias para contra-atacar tais mudanças"
2006 - Muhammad Yunus (economista de Bangladesh) e o Grameen Bank "por seus esforços em criar desenvolvimento econômico e social a partir de baixo [das camadas populares]"
2005 - Agência Internacional de Energia Atômica e Mohamed El Baradei (diplomata egípcio), "por seus esforços em prevenir o uso da energia nuclear com objetivos militares e por garantir que a energia nuclear para fins pacíficos seja usada da maneira mais segura possível"
2004 - Wangari Maathai (ativista ambiental do Quênia) "por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, à democracia e à paz"
2003 - Shirin Ebadi (ativista de direitos humanos iraniana) "por seus esforços pela democracia e pelos direitos humanos, especialmente nos direitos das mulheres e das crianças"
2002 - Jimmy Carter (ex-presidente dos EUA) "por décadas de esforço para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, para promover a democracia e os direitos humanos e o desenvolvimento econômico e social"
2001 - ONU e Kofi Annan (ex-secretário geral da ONU) "por seu trabalho por um mundo mais organizado e pacífico"
2000 - Kim Dae-jung (ex-presidente da Coreia do Sul) "por seu trabalho pela democracia e os direitos humanos na Coreia do Sul e no Sudeste Asiático de maneira geral, e pela paz e reconciliação com a Coreia do Norte em particular"
1999 - ONG Médicos Sem Fronteiras, "em reconhecimento ao trabalho humanitário pioneiro em diversos continentes"
1998 - John Hume (líder católico da Irlanda do Norte) e David Trimble (líder protestante da Irlanda do Norte) "por seus esforços em encontrar uma solução pacífica ao conflito na Irlanda do Norte"
1997 - Campanha Internacional para Banimento das Minas (ICBL) e Jody Williams (ativista americana) "por seu trabalho pela proibição de minas terrestres"
1996 - Carlos Filipe Ximenes Belo (bispo timorense) e José Ramos-Horta (presidente do Timor Leste) "por seu trabalho rumo a uma solução justa e pacífica para o conflito no Timor Leste"
1995 - Joseph Rotblat (físico britânico), Pugwash Conferences on Science and World Affairs [Conferências Pugwash sobre Ciência e Negócios Mundiais] "por seus esforços para diminuir o papel das armas nucleares na política internacional"
1994 - Yasser Arafat (líder palestino), Shimon Peres (ex-chanceler israelense), Yitzhak Rabin (ex-premiê israelense), "por seus esforços em estabelecer a paz no Oriente Médio"
1993 - Nelson Mandela e Frederik Willem de Klerk (ambos ex-presidentes da África do Sul) "por seu trabalho no fim pacífico do regime do apartheid e por assentar os fundamentos de uma nova e democrática África do Sul"
1992 - Rigoberta Menchú Tum (líder indígena da Guatemala) "em reconhecimento ao seu trabalho pela justiça social"
1991 - Aung San Suu Kyi (líder política de Mianmar) "por sua defesa não violenta da democracia e dos direitos humanos"
1990 - Mikhail Sergeyevich Gorbachev (último presidente da União Soviética), "por seu papel de liderança no processo de paz que hoje caracteriza partes importantes da comunidade internacional"
1989 - 14º Dalai Lama (líder espiritual do Tibete), por seus esforços pela liberação do Tibete sem o uso da violência
1988 - Forças de Paz da ONU, pelo papel das forças de paz na solução de conflitos armados
1987 - Oscar Arias Sánchez (presidente da Costa Rica) "por seu trabalho pela paz na América Central"
1986 - Elie Wiesel (ativista judeu-americano) por defender a justiça e a memória dos judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial
1985 - International Physicians for the Prevention of Nuclear War [Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear], pelo trabalho pela prevenção de conflitos nucleares e pela abolição de armas atômicas
1984 - Desmond Mpilo Tutu (ex-arcebispo anglicano da África do Sul) "por seu papel como figura unificadora na campanha para resolver o apartheid na África do Sul"
1983 - Lech Walesa (ex-presidente da Polônia) por sua luta contra a opressão do regime comunista
1982 - Alva Myrdal (ativista sueca) e Alfonso García Robles (diplomata mexicano). Alva recebeu o Nobel por sua luta pelo desarmamento em organismos internacionais. Robles recebeu o prêmio por sua atuação no Tradato de Tlatelolco - Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e o Caribe
1981 - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR), por seu papel no auxílio de refugiados de guerra
1980 - Adolfo Pérez Esquivel (ativista de direitos humanos argentino) por sua luta pela defesa dos direitos humanos na Argentina e na América Latina
1979 - Madre Teresa de Calcutá (líder humanitária na Índia) por seu trabalho humanitário à frente das Missionárias da Caridade, na Índia
1978 - Mohamed Anwar al-Sadat (ex-presidente egípcio) e Menachem Begin (ex-premiê israelense) pela assinatura de um acordo de paz entre os dois países em 1978
1977 - Anistia Internacional pelo trabalho da organização contra a tortura, os movimentos autoritários e o terrorismo
1976 - Betty Williams, Mairead Corrigan (Fundadoras da organização Community of Peace People) por buscar soluções pacíficas para os conflitos religiosos na Irlanda do Norte
1975 - Andrei Dmitrievich Sakharov (físico soviético dissidente) por lutar contra a proliferação de armas nucleares
1974 - Seán MacBride (político irlandês) e Eisaku Sato (ex-premiê japonês). MacBride por seu ativismo pelos direitos humanos e pela promoção da justiça, junto aos problemas religioso envolvendo o IRA e em outros conflitos pelo mundo. O premiê japonês por promover uma diplomacia de paz em relação aos vizinhos.
1973 - Henry A. Kissinger (ex-secretário de Estado dos EUA), Le Duc Tho (político revolucionário do Vietnã) pela negociação de um acordo que pôs fim à Guerra do Vietnã. Duc Tho declinou do prêmio, alegando que ainda não havia paz em seu país.
1972 - O dinheiro destinado ao prêmio Nobel deste ano foi realocado para o fundo da Fundação Nobel.
1971 - Willy Brandt (ex-chanceler alemão) por implementar as relações da então Alemanha Ocidental com a Alemanha Oriental, com a Polônia e a União Soviética.
1970 - Norman E. Borlaug (agrônomo americano), por sua contribuição ao desenvolvimento da "energia verde", com o desenvolvimento de técnicas agrícolas aplicáveis em países em desenvolvimento.
1969 - Organização Internacional do Trabalho (OIT), por seu trabalho pela promoção de direitos dos trabalhadores ao redor do mundo.
1968 - René Cassin (ex-presidente da Corte Europeia dos Direitos Humanos) pela redação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.
1967 - O dinheiro destinado ao prêmio Nobel deste ano foi realocado para o fundo da Fundação Nobel.
1966 - O dinheiro destinado ao prêmio Nobel deste ano foi realocado para o fundo da Fundação Nobel.
1965 - Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) por seu trabalho pela promoção do bem-estar das crianças no mundo
1964 - Martin Luther King Jr. (líder afro-americano) por sua luta pela universalização dos direitos civis nos EUA
1963 - Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, pelo trabalho de ambas as organizações no socorro a combatentes feridos em tempos de guerra.
1962 - Linus Carl Pauling (químico americano) por sua luta contra a proliferação de armas nucleares, sobretudo contra os testes nucleares.
1961 - Dag Hammarskjöld (ex-secretário geral da ONU) por sua atuação no conflito árabe-israelense, na crise do Canal de Suez e na Guerra da Coreia. O diplomata sueco foi a única pessoa a receber o Nobel após sua morte.
1960 - Albert John Lutuli (líder negro sul-africano) por sua luta contra o apartheid.
1959 - Philip J. Noel-Baker (político e ativista britânico) por seu papel de negociador junto à União Soviética e ao Ocidente pelo desarmamento na Guerra Fria
1958 - Georges Pire (padre dominicano belga) por sua liderança frente à organização "l'Europe du Coeur au Service du Monde", que atendia refugiados no pós-guerra.
1957 - Lester Bowles Pearson (diplomata e político canadense). Teve papel de destaque nas negociações que evitaram um conflito armado na Crise de Suez, referente ao canal egípcio.
1956 - O dinheiro destinado ao prêmio Nobel deste ano foi realocado para o fundo da Fundação Nobel.
1955 - O dinheiro destinado ao prêmio Nobel deste ano foi realocado para o fundo da Fundação Nobel.
1954 - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) por seu papel na ajuda a refugiados nos anos pós-guerra.
1953 - George Catlett Marshall. O general americano foi responsável pelo plano de reconstrução da Europa no pós-guerra, conhecido como Plano Marshall, pelo qual recebeu o prêmio Nobel.
1952 - Albert Schweitzer (ativista franco-alemão) por sua atuação humanitária na África, ainda uma região colonial das potências europeias.
1951 - Léon Jouhaux (líder sindicalista francês) por sua atuação em favor aos direitos trabalhistas na França.
1950 - Ralph Bunche (acadêmico americano) por sua atuação no conflito árabe-israelense nos anos 1940, na condição de colaborador da ONU. Foi o primeiro afro-americano a ser premiado.

* as explicações entre aspas são a justificativa da Fundação Nobel para a premiação

(Fonte: Fundação Nobel)
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O Nobel da Paz é um dos cinco Prêmios Nobel, legado pelo inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel. Os prémios de Física, Química, Fisiologia/Medicina e Literatura são entregues anualmente em Estocolmo, sendo o Nobel da Paz atribuído em Oslo. O Comité Nobel norueguês, cujos membros são nomeados pelo Parlamento norueguês, tem a função de escolher o laureado pelo prémio, que é entregue pelo seu presidente actualmente o ex-primeiro-ministro, ex-ministro dos negócios estrangeiros, ex-presidente do Stortinget (parlamento) e actual Secretário-Geral do Conselho da Europa Sr. Thorbjørn Jagland. Atualmente há um sexto prémio: o Nobel da Economia também atribuído pela Academia Real das Ciências Sueca. Este prémio instituído em 1968, comemorando o 3º centenário do Banco Central da Suécia (Sveriges Riksbank) é oficialmente designado “Pris i ekonomisk vetenskap till Alfred Nobels Minne (Prémio em ciência económica à memória de Alfred Nobel).

Na altura da morte de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega estavam em União desde 14 de janeiro de 1814, pela qual o parlamento sueco ficava responsável pela política internacional, estando o Stortinget (Parlamento norueguês) apenas encarregado da política interna norueguesa. (A União desfez-se de uma forma pacífica a 13 de Agosto de 1905). Alfred Nobel decidiu, assim, que fosse a Noruega a decidir o laureado pelo Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel. De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz". Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica. É, portanto, um prémio Nobel com características próprias.
(Fonte: Wikipedia)
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