sábado, 6 de agosto de 2011

JUBEG 2011- JUVENTUDE BATISTA DO ESTADO DE GOIÁS-ENTREVISTA


ENTREVISTA

Fabrício de Sousa Santos nasceu em Itapuranga-GO em 14 de dezembro de 1982. Convertido desde os sete anos de idade, foi batizado aos dez. É membro da PIB em Goiânia, onde atua como um dos coordenadores do Ministério com Jovens. É aluno da FLAM ((Faculdade Latino-Americana de Teologia Integral), matriculado no Curso Líder Jovem. É Bacharel em Administração de Empresas. Atua como Professor no Centro de Educação Profissional Sebastião de Siqueira (CEPSS) nos cursos presenciais e à distância para turmas de Administração e atua ainda como Consultor de Vendas, há seis anos, na área da construção civil. O jovem Fabrício, hoje com 28 anos de idade, dedica-se à JUBEG (Juventude Batista Goiana) gestão 2011, como seu presidente.

1. Onde e como conheceu o Evangelho?
O evangelho sempre fez parte da minha vida. Nasci em um lar cristão, ouvindo meus pais contarem histórias bíblicas, além de ensinarem versículos e músicas. Converti-me aos sete assistindo a um filme chamado “Inferno em Chamas”. Acho que, naquele dia, fiquei muito assustado com a visão de morte abordada no filme e aceitei a Jesus cheio de medo (risos). Mas foi somente aos 17 anos que tive um encontro pessoal e marcante com Cristo. E, a partir de então, entendi o que é ter um relacionamento de obediência e entrega a Jesus Cristo.

2. Como chegou à JUBEG e como se tornou seu Presidente?
A JUBEG entrou na minha vida aos 12 anos, quando comecei a participar dos acampamentos de adolescentes realizados pela ADBEG (Adolescentes Batistas do Estado de Goiás). A cada ano, a ADBEG elege adolescentes que representam o pensamento da turma goiana. Estes representantes participam das reuniões de planejamento, dessa forma a Organização pode ouvir a ‘galera’ e ter uma melhor visão das necessidades dos adolescentes. Eu comecei sendo um representante, aos 18 anos. É um bom ‘link’ entre a liderança e as várias igrejas que compõem a ADBEG/JUBEG. Essa minha nova tarefa como representante coincidiu com uma nova visão na minha vida sobre servir a Cristo. Então comecei a intensificar meus pensamentos “fora da caixa”, ou seja, avançava além de minhas preocupações meramente pessoais e me propus a ser voluntário em atividades para a juventude. Participei de vários acampamentos, projetos missionários como o Missão Goyases, congressos e me envolvi com Associações como a ACLAME (Associação Cristão Light de Apoio a Missões e Evangelismo. E, como já vinha acompanhando a JUBEG há anos na condição de voluntário, recentemente aceitei de Deus a missão desafiante de ser seu Presidente. A eleição ocorreu no Congresso Estadual Cristão Light Shock, em abril de 2011. E é assim que vejo a JUBEG, uma organização que serve a Deus atuando com ousadia e responsabilidade no meio da Juventude Batista deste Estado, há décadas. Eu quis fazer parte disto mais de perto. E aqui estou.

3.Quantos são os arrolados e a partir de que idade o jovem pode passar a integrar a Organização?
Segundo a CBG (Convenção Batista Goiana) somos aproximadamente 15 mil batistas em Goiás. Destes, sete mil são jovens, considerando os entre 12 e 35 anos. Nesta eleição, quatro jovens foram eleitos pra servir a JUBEG, sendo como Presidente eu, Fabrício, como Vice-Presidente o Rellison Rachid, como 1º. Secretário, oJean Tavares para 2º. Secretário, o João Paulo. Para integrar a diretoria, o jovem deve ser membro de uma Igreja Batista filiada à Convenção Batista Goiana (CBG) e ter atingido a maior idade, para membros elegíveis. Porém como voluntário não há limite de idade.

4-Quais são os objetivos, metas e propostas atuais da Entidade?
Nosso foco é desenvolver atividades edificantes para os jovens e adolescentes, além de promover treinamentos da liderança para a formação de uma cultura de fortalecimento da juventude das igrejas locais. Percebemos que os líderes estão desanimando devido à falta de reconhecimento, motivação e capacitação. Estamos formando uma coordenadoria específica para elaboração de encontros e treinamento de líderes. Para isso, buscamos o apoio junto à JBB (Juventude Batista Brasileira, antiga JUMOC), JMM (Junta de Missões Mundiais) e JMN (Junta de Missões Nacionais), para formarmos líderes que estejam, além de apaixonados, preparados. Nos próximos anos, queremos estreitar o relacionamento com o jovem batista em todo Estado por meio das lideranças locais. Estaremos revendo as formas de comunicação com esse jovem e abrindo canais para que ele seja ouvido, possa dar suas opiniões, falar sobre suas inquietações e interferir positivamente no crescimento da JUBEG. Queremos também que ele tenha acesso rápido e direto a conteúdos, relacionamentos e formação de boa qualidade.

5-Qual o nível de relacionamento que sente existir entre a JUBEG e outras Organizações denominacionais como: UFMB, UHB, OPB, etc.?
Temos um bom relacionamento interpessoal. Porém, no que diz respeito à nossa articulação, sinto que estamos trabalhando de forma muito independente e isolada. Podemos melhorar esse relacionamento. Percebi que tais Organizações estão sendo lideradas por pessoas jovens, o que demonstra o quanto o jovem tem ocupado um papel mais forte na nossa denominação em Goiás.

6-Que tipo de apoio a JUBEG espera das igrejas?
Esperamos que as Igrejas, como organismos vivos, estejam abertas a se envolverem nos projetos que a JUBEG tem proposto para a juventude Batista em Goiás. Pastores e líderes devem estar mais perto dos jovens de suas comunidades (igrejas); devem buscar entender a dinâmica de seu pensamento. Também precisam pesquisar e considerar quais são os valores que as novas gerações trazem consigo e como elas se vêem e se encaixam de maneiras próprias neste corpo que é a igreja. A JUBEG quer ajudar nisso, dialogando com pastores, líderes e, principalmente, com o indivíduo jovem.

7-Que colaboração a JUBEG pode oferecer às igrejas do Estado?
Ao longo da sua história, a JUBEG sempre manteve uma visão atual, audaciosa, brava e bíblica. O maior legado da JUBEG é ter feito do seu slogan uma verdade: “Jovens Capacitados para Servir”. Hoje, líderes do passado são pastores em nossas igrejas, porque serviram em sua juventude. Penso que a maior colaboração da JUBEG é criar um espaço de manifestação do pensamento jovem para que a nossa juventude continue se sentido parte de uma Igreja Histórica, que se mantém firme na defesa de seus propósitos, sem perder a visão doutrinária e, principalmente bíblica, dos valores eternos do Reino.

8-Que perspectivas tem o jovem batista goiano, numa realidade onde idéias morais ‘libertárias’ circulam livremente, e doutrinas não bíblicas proliferam com promessas de atender aos anseios da juventude?
Primeiramente, os jovens Batistas são esta igreja porque gostam. Digo são, porque igreja somos nós. Hoje não existe nada que os impeça de migrarem para qualquer outra denominação e apesar disto, são centenas de jovens firmes em nossas igrejas, concordando com nossa doutrina e sistema. Contudo, eles estão insatisfeitos com a comunicação entre a juventude e o restante do corpo da igreja. São muitos os jovens que me procuram para reclamar que não recebem apoio de seus pastores. A solução é nítida: o que eles precisam não é de uma igreja que os deixe fazer o que quiserem, mas que os ouça, que gaste tempo e recursos, que seja líder, que viva junto a eles, que compartilhe uma garrafa de coca-cola acompanhada de risadas. A partir desta proximidade de relacionamento, o conjunto estará apto e preparado para discutir valores morais, sexuais, financeiros, doutrinários e outros.

9-Em sua concepção, baseada no conhecimento sobre a juventude batista goiana atual, qual o perfil da igreja batista goiana daqui a dez anos?
Entre os cerca de 15 mil batistas em Goiás, sete mil são jovens, segundo dados da Convenção Batista Goiana. E o que tenho notado é um anseio da juventude por ser uma igreja mais humana, mais solidária, mais acolhedora. Com uma liturgia mais atual e brasileira. Ainda estamos engatinhando neste sentido. Acompanho esta discussão em outros Estados e é impossível não notar que o debate da Teologia da Missão Integral, ou de uma igreja que deixa a sua marca na sociedade, já ganhou mais força fora dos limites de Goiás. É um movimento vindo da juventude. Goiás ainda está meio sonolento neste sentido, mas vejo que aqui também, essas questões vão se fortalecer. Assim, vejo o jovem assumindo seu papel à frente da EBD (Escola Bíblica Dominical), liderando projetos evangelísticos, gerindo ministérios de música, teatro, mídia, comunicação, finanças, entre outros. Em 10 anos, teremos uma grande renovação da liderança e uma mudança de liturgia. Mas com visão doutrinária forte e relevante.

10-Agosto é o mês da juventude batista. Neste ano de 2011, que mensagem deixaria aos jovens da denominação em Goiás e no Brasil?
Este é um mês muito especial para nós, jovens. É um momento no qual a igreja pode perceber como estamos caminhando, como estamos pensando. Desejo que cada jovem e que cada Organização aceite o desafio de sair de seu conforto, das paredes que acolhem as reuniões da igreja e busquem deixar a sua marca aonde quer que vá. Com criatividade, amor e dedicação. Peço aos jovens batistas deste país que mandem um recado direto para a sociedade: O amor de Deus é a nossa saída.
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