terça-feira, 16 de outubro de 2012

ABUSO SEXUAL À CRIANÇA E AO ADOLELESCENTE-NOSSO DESAFIO COMO IGREJA (OUTROS AUTORES)


Falar, ouvir ou escrever sobre a problemática do abuso sexual à criança e ao adolescente é uma tarefa espinhosa. Escrevo este artigo da cidade de Curitiba onde participo de um seminário para líderes de ministérios cristãos sobre como enfrentar este problema.

Lembro-me que já por duas ou três vezes o tema “abuso sexual” foi alvo de minhas preocupações aqui na coluna “Em família”. Enquanto há um espaço na programação do seminário, me retirei e tentei enumerar alguns passos importantes, para os pastores e igrejas, pensarem como podem ajudar as famílias na prevenção e no cuidado das vítimas do abuso sexual.

Vou tentar enumerar alguns possíveis caminhos para que nossas igrejas e pastores sejam relevantes quanto a esta matéria.

1 – Aceite a ideia de que este problema pode, com grandes possibilidades, fazer parte da igreja
O primeiro passo para agirmos neste campo de batalha é aceitar que, possivelmente, há pessoas e famílias que estejam lutando silenciosamente, com este problema. Isto não deveria nos surpreender, pois vivemos numa sociedade, e as famílias fazem parte dela, é decaída e marcada pelo pecado.

2 – Procure conhecer, através da literatura, mais sobre a problemática do abuso sexual
Muitos livros, seculares e cristãos, estão disponíveis no mercado. Artigos científicos estão disponíveis na internet. Urge os pastores e líderes de crianças e adolescentes, especialmente, conhecerem os aspectos que envolvem a questão.

3 – Leve os líderes de sua igreja a se capacitarem a respeito do tema
Palestras, seminários podem ser realizados com a liderança, especialmente, como já afirmei acima, de
crianças e adolescentes. Psicólogos e assistentes sociais podem, com certeza, tratar da matéria nesses seminários. Quem sabe a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil não abrace a ideia de se começar a falar sobre a questão e assim, conscientizar e preparar os pastores para tratarem da problemática, na forma da
prevenção e aconselhamento pastoral.

4 – Procure saber mais sobre como a igreja e a família podem ser um lugar de proteção
A igreja precisa tornar suas dependências um lugar seguro para crianças e adolescentes. Abusos sexuais podem acontecer nas dependências da igreja. Para que isto não aconteça é preciso formular um código de condutas de segurança para evitar o abuso.

5 - Ajude as famílias na questão da prevenção
Abuso sexual pode ser evitado. Brasileiros geralmente não valorizam, como deveriam, os aspectos preventivos. Esclareça aos pais sobre temas que envolvem o abuso sexual. Crianças e adolescentes que frequentam nossas igrejas precisam se ouvir e serem ouvidas neste sentido.

6 – Faça da igreja um lugar de cura, um espaço terapêutico
Em nossas igrejas há pessoas (vítimas e abusadores) que precisam ser tratados com a graça curativa de Jesus Cristo. O abuso sexual é, em sua gênesis, uma consequência da queda humana (Gên. 3).

7 – Faça da sua igreja uma bênção nesta área
Deus tem levantado pessoas e instituições para serem uma resposta ao desafio do abuso sexual. Movimentos como “Bola na rede” (bolanarede. org) tem se levantado no Brasil para ajudar a igreja a ser bênção para a sociedade brasileira. Peça ajuda às organizações que trabalham com famílias (Ministério OIKOS e outros) para ajudarem a pensar sobre o tema.


Nota: Trabalho de Gilson e Elizabete  Bifano (Coluna Vida em Família), publicado (Texto e Imagem) em O JORNAL BATISTA - Ano CXII - Edição 36- Domingo, 02.09.2012- http://ojornalbatista.com.br/

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