Falar, ouvir ou
escrever sobre a problemática do abuso sexual à criança e ao adolescente é uma
tarefa espinhosa. Escrevo este artigo da cidade de Curitiba onde participo de
um seminário para líderes de ministérios cristãos sobre como enfrentar este problema.
Lembro-me que já por
duas ou três vezes o tema “abuso sexual” foi alvo de minhas preocupações aqui
na coluna “Em família”. Enquanto há um espaço na programação do seminário, me
retirei e tentei enumerar alguns passos importantes, para os pastores e
igrejas, pensarem como podem ajudar as famílias na prevenção e no cuidado das
vítimas do abuso sexual.
Vou tentar enumerar
alguns possíveis caminhos para que nossas igrejas e pastores sejam relevantes quanto
a esta matéria.
1 – Aceite a ideia de
que este problema pode, com grandes possibilidades, fazer parte da igreja
O primeiro passo para
agirmos neste campo de batalha é aceitar que, possivelmente, há pessoas e
famílias que estejam lutando silenciosamente, com este problema. Isto não
deveria nos surpreender, pois vivemos numa sociedade, e as famílias fazem parte
dela, é decaída e marcada pelo pecado.
2 – Procure conhecer,
através da literatura, mais sobre a problemática do abuso sexual
Muitos livros,
seculares e cristãos, estão disponíveis no mercado. Artigos científicos estão
disponíveis na internet. Urge os pastores e líderes de crianças e adolescentes,
especialmente, conhecerem os aspectos que envolvem a questão.
3 – Leve os líderes
de sua igreja a se capacitarem a respeito do tema
Palestras, seminários
podem ser realizados com a liderança, especialmente, como já afirmei acima, de
crianças e
adolescentes. Psicólogos e assistentes sociais podem, com certeza, tratar da
matéria nesses seminários. Quem sabe a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil
não abrace a ideia de se começar a falar sobre a questão e assim, conscientizar
e preparar os pastores para tratarem da problemática, na forma da
prevenção e
aconselhamento pastoral.
4 – Procure saber
mais sobre como a igreja e a família podem ser um lugar de proteção
A igreja precisa
tornar suas dependências um lugar seguro para crianças e adolescentes. Abusos
sexuais podem acontecer nas dependências da igreja. Para que isto não aconteça
é preciso formular um código de condutas de segurança para evitar o abuso.
5 - Ajude as famílias
na questão da prevenção
Abuso sexual pode ser
evitado. Brasileiros geralmente não valorizam, como deveriam, os aspectos
preventivos. Esclareça aos pais sobre temas que envolvem o abuso sexual.
Crianças e adolescentes que frequentam nossas igrejas precisam se ouvir e serem
ouvidas neste sentido.
6 – Faça da igreja um
lugar de cura, um espaço terapêutico
Em nossas igrejas há
pessoas (vítimas e abusadores) que precisam ser tratados com a graça curativa
de Jesus Cristo. O abuso sexual é, em sua gênesis, uma consequência da queda
humana (Gên. 3).
7 – Faça da sua
igreja uma bênção nesta área
Deus tem levantado
pessoas e instituições para serem uma resposta ao desafio do abuso sexual.
Movimentos como “Bola na rede” (bolanarede. org) tem se levantado no Brasil
para ajudar a igreja a ser bênção para a sociedade brasileira. Peça ajuda às
organizações que trabalham com famílias (Ministério OIKOS e outros) para
ajudarem a pensar sobre o tema.
Nota: Trabalho de Gilson e Elizabete Bifano (Coluna Vida em Família), publicado
(Texto e Imagem) em O JORNAL BATISTA - Ano
CXII - Edição 36- Domingo, 02.09.2012- http://ojornalbatista.com.br/
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