Será que somente nos cursos de Administração, Economia ou Contabilidade é que aprendemos a administrar o dinheiro? Posso dizer com certeza que não. Conheço muitos contadores, capazes e competentes, mas que infelizmente não controlam as próprias finanças. Administradores e Economistas que não conseguem sair do cheque especial, de financiamentos e empréstimos. E isso se estende por diversas profissões e outras áreas do conhecimento.
Se você atentar para o que diz Provérbios 21.20 observará o profundo ensinamento que nos diz: “Não gastar mais do que se ganha”. Existem regras financeiras que regem a nossa vida e graças a Deus estão bem explícitas. Como poderá Deus restituir se ainda não aprendemos a nos controlar? Continuamos gastando mais do que ganhamos. Comprando por desejo e não por necessidade. Tomando decisões sozinho, não consultando a esposa ou marido. “Os pensamentos do diligente tendem á abundância, tão certamente quanto a pressa leva à pobreza” (Provérbios 21.5).
Em minhas palestras eu reforço três pontos importantes: Ganhando, Administrando e Investindo. Empregados ou donos do próprio negócio estamos “GANHANDO”. Ao fazermos o Orçamento Financeiro Familiar, anotando tudo, não comprando por impulso, fazendo pesquisa de preços, não tendo pressa, estamos “ADMINISTRANDO”. Essas são as duas primeiras etapas. Até agora não avançamos, podemos dizer que “estamos vivendo”.
Voltemos a Provérbios 21.20. “Há tesouro e azeite na casa do sábio, mas o homem insensato os devora”. Observe que o mesmo texto fala de poupança, investimento e Nada fica encoberto diante do Senhor, pois Ele sonda, examina as nossas entranhas. Revela quem somos e como podemos experimentar a mudança radical pela luz do Seu evangelho. Sendo luz, podemos exercer o nosso testemunho para que outras pessoas conheçam a luz. Jesus é a luz em duro contraste com as trevas que caracterizam este mundo. Ele é a luz que traz vida e esta em abundância (João 10.10). A luz que ilumina e permite que a visão seja nítida. Ryle diz: “Jesus afirmou ser a única solução para um mundo perdido. Ele surgiu no munesse é o terceiro passo: “INVESTINDO”. Muito cuidado nesse passo. No mercado financeiro a principal regra é: 1º Segurança, 2º Liquidez e por último, 3º Rentabilidade. Você precisa ter o seu investimento de volta, precisa saber em quanto tempo e por último quanto renderá. A maioria dos investidores olha primeiro a rentabilidade e muitas vezes menospreza a segurança e liquidez.
A nossa vida financeira é determinada por nossas escolhas. Você pode escolher por enterrar um talento ou fazer de cinco outros cinco. Aprenda a administrar o seu dinheiro. Não tente forçar o seu dinheiro de acordo com o seu padrão de vida. Quem determina o seu padrão de vida é a sua receita ou renda, se eu ganho R$1.000,00, não posso viver como alguém que ganha R$ 1.500,00.
Controle suas despesas e você verá que existem despesas “boas” e despesas “ruins”. As chamadas boas são: energia elétrica, água, mercado, gás, telefone, combustível, outras. Agora as ruins são justamente aquelas que nós pagamos por elas mas que muitas vezes não usufruímos, por exemplo: Clube, TV por assinatura, revista, jornal. Multiplique por 12 a mensalidade do clube que você frequenta poucas vezes por ano. Quando descobrimos que estamos gastando mais do que ganhamos devemos REDUZIR as despesas boas e CORTAR as despesas ruins.
“Se algum de vós está querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Esse homem começou a edificar e não pôde acabar” (Lucas 14.28-30).
Planeje, reflita, não gaste o seu dinheiro como se ele fosse algo sujo, alguma coisa da qual você tenta se livrar. Deus nos concede saúde e condições para trabalharmos. Logo o trabalho não é uma maldição, e a remuneração pelo trabalho não é maldita. Nada mais justo que usufruirmos com sabedoria o que o salário pode nos oferecer.
Outro ponto importante nas finanças das famílias são as decisões. Toda decisão em conjunto é uma boa decisão, toda decisão tomada sozinho é duvidosa e está sujeita ao fracasso. “Igualmente,vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”(I Pedro 3.7).
Quer restituição? Olhe o que está fazendo e corrija o que se faz necessário. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5.15). “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos... “(2 Coríntios 4.8-9). Como vimos não é a nossa capacidade, formação, conhecimento, e sim os nossos hábitos que nos causam problemas financeiros. Mas, em tudo Deus seja louvado.
Texto de autoria de Altemir Carlos Farinhas, publicado originalmente em O Jornal Batista-Ano CXII- Edição 22 -Domingo, 27.05.2012
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