Elis Regina Carvalho Costa nasceu em Porto Alegre aos 17 de março de 1945. Aos 11 anos se apresentava na Rádio Farroupilha, cantando. Em 1959 assinou o primeiro contrato profissional, na Rádio Gaúcha, e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro compacto, pela Continental, assim como também, pela mesma gravadora, seu primeiro LP, "Viva Brotolândia". No Rio de Janeiro cantou no Beco das Garrafas, reduto da bossa nova. Foi contratada pela TV Rio e passou a trabalhar ao lado de Jorge Ben, Wilson Simonal e outros. Participou de festivais e de movimentos político-musicais, como a "passeata contra as guitarras", que visava à preservação das "raízes" da MPB contra a invasão estrangeira. Tornou-se conhecida nacionalmente em abril de 1965, ao sagrar-se vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, defendendo a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Fez incontáveis apresentações, quase três dezenas de álbuns e uma produção intensa e marcante até o dia 19 de Janeiro de 1982, quando morreu em São Paulo.
(Imagem: www.musicauol.com.br)
Trinta anos depois, ainda é considerada por muitos uma das maiores cantoras da MPB. A intérprete, também conhecida por Pimentinha- por causa de seu temperamento explosivo- deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira: “Como Nossos Pais”, “O Bêbado e A Equilibrista”, “Atrás da Porta”, “Águas de Março”, “Fascinação”, “Casa No Campo”,“Só Tinha de Ser Com Você”, “Maria, Maria”, “Andança”, “Romaria”, “Aquarela do Brasil”, “Madalena”, “Me Deixas Louca”, “Tiro Ao Alvaro”, “Aprendendo A Jogar”, "Falso Brilhante", "Dois pra Lá, Dois pra Cá", "Ponta de Areia", "Folhas Secas". Entre muitas outras.
De acordo com Regina Echeverria, jornalista e biógrafa de Elis, sua morte se deu por overdose de cocaína. Fato que a autora considera como “um acidente de percurso de uma novata no assunto, que entrou de cabeça e não segurou”. Segundo a escritora, Elis Regina não entraria para história como uma pessoa que era drogada, mas como uma grande cantora dotada de uma voz límpida, de uma dicção perfeita e de um repertório sofisticado. Acrescenta que Elis teve ainda a sorte de nascer numa geração de compositores muito talentosos que usaram a voz dela como um canal de divulgação de seu trabalho.
A biografia “Furacão Elis”, lançada originalmente três anos depois de sua morte contando a história da intérprete gaúcha, é relançada como "Furacão Elis": 30 anos sem a "Pimentinha". O livro-reportagem da jornalista Regina Echeverria, pela editora LeYa, contêm fotos, relatos e entrevistas inéditas. O lançamento faz parte das comemorações dos trinta anos da morte da cantora, considerada por muitos como a maior da música popular brasileira.
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