O Ministro do Trabalho e Emprego,
Carlos Lupi (PDT) formalizou sua demissão neste domingo (04/12) em reunião com
a Presidente Dilma Rousseff (PT) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
(Foto: Lula Marques/Folhapress- Veja.abril.com.br)
Carlos Lupi, resistiu à pressão das denúncias de irregularidades
envolvendo a pasta comandada por ele, por cerca de dois meses. Tais denúncias
iam desde cobrança de propina por assessores do Ministério a organizações não
governamentais (ONGs) conveniadas, a uso de avião particular de outra ONG e a de
que o ex-ministro ocupou cargo, durante seis anos, como funcionário fantasma. Mas
sua permanência no comando da pasta se tornou insustentável, após a Comissão de
Ética Pública aplicar uma advertência e recomendar, por unanimidade, sua
demissão.
Após as primeiras denúncias, que surgiram no início de
novembro, Lupi negou haver irregularidades em sua pasta e afirmou que Dilma
confiava em seu trabalho. "A presidente disse para eu tocar o barco",
afirmou à época. Com o crédito de Dilma e as pressões para que se explicasse,
Lupi passou a ironizar as denúncias, "desafiando" a presidente a
tirá-lo do governo e dizendo que só deixaria o cargo "abatido à
bala". Dias depois, se retratou: "Posso ser tudo, mas
não sou uma pessoa deseducada, deselegante e muito menos despreparada.
Presidente Dilma, desculpa se fui agressivo, não foi minha intenção. Eu te
amo", disse.
Em nota divulgada pelo ministério
após a renúncia, o ex-ministro cita como motivos para sua saída, o que chamou
de "perseguição política e pessoal da mídia" e o parecer da Comissão
de Ética da Presidência da República, que, em suas palavras, o "condenou sumariamente"
ao recomendar sua exoneração.
O secretário-executivo, Paulo
Roberto dos Santos Pinto assume interinamente a pasta do Trabalho. Carlos
Lupi é o sétimo ministro deste governo a deixar o cargo e o sexto por denúncias
de corrupção.
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