Há quinze ou vinte anos as apreensões de drogas em território brasileiro eram pesadas em gramas, depois em quilos e hoje é muito comum encontrar-se carregamentos ou depósitos com toneladas. As razões vão desde o barateamento dos produtos por uma lógica mercadológica de grande produção nos mercados produtores, passa por fronteiras sem guarnição e corrupção até a falta de enfrentamento e combate às ações das facções criminosas na origem. A Polícia, intimidada ou cooptada pelo tráfico, parou de subir os morros e a sociedade desceu aos vales escuros e desesperadores das cracolândias de praticamente todos os municípios brasileiros. O vício desceu as ladeiras, subiu pelos elevadores, sentou-se nos bancos das escolas, subiu de aeronave e freqüentou os condomínios fechados. Pautou mesmo as reuniões de oração e os púlpitos das igrejas. Atingiu a todas as classes sociais. Dentro dos gabinetes no Planalto Central foi criada a Legislação específica, mas o tráfico continuou a subir e descer os morros, a correr pelas planícies e a descer pelos vales para alistar milhões e fazê-los de viciados e desesperados, que passaram a protagonizar o crime que alimenta o círculo do horror e da morte. Este amontoa zumbis nas cracolândias do Brasil inteiro e traz o pavor para dentro dos lares brasileiros, onde passou a vegetar gente dependente disposta a roubar, matar ou morrer.
O Rio e o Narcotráfico- De acordo com um estudo dirigido pelo economista e professor do Ibmec-RJ Sérgio Ferreira Guimarães, o faturamento do tráfico no Rio de Janeiro gira entre R$317 a R$ 633 milhões por ano. O estudo mostrou que esta economia subterrânea, gera 16 mil “empregos” anuais, o mesmo que a Petrobras na capital fluminense, arrecada igual ao setor têxtil no Estado e comercializa o equivalente a cinco vezes mais do que o total de apreensão anual de cocaína pela Polícia Federal em todo o país. O Rio de Janeiro enfrentou no final de novembro de 2010, uma série de ataques criminosos incendiários a veículos e respondeu realizando uma grande operação para tentar conter a onda de violência no Estado. Entre as medidas convocou as forças de segurança do Estado e ajuda das Forças Armadas.
A ponta do “iceberg”- As forças de segurança, durante operações de ocupação na favela da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, no final de novembro de 2010, encontraram 43 toneladas de maconha, 230 quilos de cocaína, uma grande quantidade de Crack e outras drogas. A droga foi transportada em quatro caminhões para Volta Redonda, a 130 km da capital, onde foi incinerada nos fornos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Sobre esta quantidade, a polícia afirma que o prejuízo do tráfico passa de R$ 100 milhões. Mas, ao que tudo indica isto é apenas “a ponta do iceberg”. Seguindo a rota do tráfico de drogas, vem o tráfico de armas, a corrupção policial e a realidade da crescente atuação das milícias presentes em todo o território brasileiro. O nó do crime apenas começa a ser desatado. Que Deus nos livre do processo de luta contra o crime ser interrompido quando o país voltar à rotina após a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Que Deus nos livre do perigo de tudo voltar a ser “como antes no quartel de Abrantes”.
O Rio e o Narcotráfico- De acordo com um estudo dirigido pelo economista e professor do Ibmec-RJ Sérgio Ferreira Guimarães, o faturamento do tráfico no Rio de Janeiro gira entre R$317 a R$ 633 milhões por ano. O estudo mostrou que esta economia subterrânea, gera 16 mil “empregos” anuais, o mesmo que a Petrobras na capital fluminense, arrecada igual ao setor têxtil no Estado e comercializa o equivalente a cinco vezes mais do que o total de apreensão anual de cocaína pela Polícia Federal em todo o país. O Rio de Janeiro enfrentou no final de novembro de 2010, uma série de ataques criminosos incendiários a veículos e respondeu realizando uma grande operação para tentar conter a onda de violência no Estado. Entre as medidas convocou as forças de segurança do Estado e ajuda das Forças Armadas.
A ponta do “iceberg”- As forças de segurança, durante operações de ocupação na favela da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, no final de novembro de 2010, encontraram 43 toneladas de maconha, 230 quilos de cocaína, uma grande quantidade de Crack e outras drogas. A droga foi transportada em quatro caminhões para Volta Redonda, a 130 km da capital, onde foi incinerada nos fornos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Sobre esta quantidade, a polícia afirma que o prejuízo do tráfico passa de R$ 100 milhões. Mas, ao que tudo indica isto é apenas “a ponta do iceberg”. Seguindo a rota do tráfico de drogas, vem o tráfico de armas, a corrupção policial e a realidade da crescente atuação das milícias presentes em todo o território brasileiro. O nó do crime apenas começa a ser desatado. Que Deus nos livre do processo de luta contra o crime ser interrompido quando o país voltar à rotina após a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Que Deus nos livre do perigo de tudo voltar a ser “como antes no quartel de Abrantes”.
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