segunda-feira, 27 de maio de 2013

UFMBPIBGOIÂNIA 2013- "VALORIZANDO E DEFENDENDO A NOVA GERAÇÃO"




“O papel da igreja é tornar-se sensível ao sofrimento e à dor do mundo”.


Na tarde do último dia 21 de maio, a MCA (Mulheres Cristãs em Ação) da Primeira Igreja Batista em Goiânia, realizou, mais uma vez, sua reunião semanal. 

A abertura da programação foi feita pela irmã Odete Daris, Coordenadora-Geral, que dirigiu cânticos, concedeu tempo para pedidos de oração e recomendou às sócias que passem a levar às reuniões, o Cantor Cristão. Informou que o hinário batista passará a ser utilizado com mais frequência pela Organização feminina da igreja.

Em seguida passou a palavra à irmã Susie Amâncio Gonçalves, professora e psicóloga, para proceder ao estudo do tema daquela tarde: "VALORIZANDO E DEFENDENDO A NOVA GERAÇÃO", que iniciou com a  informação de que o tema está colocado na revista Visão Missionária deste trimestre, editada pela UFMBB (União Feminina Missionária Batista do Brasil), em artigo publicado como sugestão de estudo para a Organização no mês de Maio.
 
Depois, passou a ler o texto em  Atos 2-42-47, que descreve a formação da igreja cristã, ressaltando a união entre os primeiros crentes em Jesus Cristo, assim como também sua fé. Leu ainda em, João capítulo 17, do verso 13 em diante,  onde está relatada uma oração de Jesus por seus seguidores, na qual ele menciona a necessidade de os mesmos viverem no mundo embora reconheça que não pertencem a tal mundo nem com o mesmo concordam. Pede, finalmente ao Pai, a quem se dirige naquela oração, que protegesse seus discípulos, tanto seus seguidores de sua época como os que se juntassem a ele no futuro, prevendo que uns e outros enfrentariam uma realidade, ao mesmo tempo estranha e adversa.

A palestrante comentou ainda sobre um devastador tornado ou furacão ocorrido no dia anterior em Oklahoma (EUA), quando os ventos chegaram à velocidade de até 320 quilômetros por hora, dizendo que esta é mais uma das catástrofes atribuídas pela Bíblia para o final dos tempos. “Estamos vivendo os últimos tempos. Vivemos na época dos extremos, do fim do mundo”, disse. No lado das crises nas relações humanas, reportou-se a outra notícia dos últimos dias. Trata-se do caso de um marido que matou a esposa a facadas tendo como motivação para o crime a relação extraconjugal que mantinha com a própria sogra, mãe da vítima, havia mais de quatro anos. Alegou que, a sociedade, além de enfrentar as tragédias externas, vive dias de muita guerra dentro de casa, no seio das famílias. O que, segundo ela, também está previsto pela Bíblia como sinal do fim dos tempos. Discorreu ainda sobre o que chamou de transtornos nos costumes, alertando para, por exemplo, a avançada discussão sobre "a normalidade da pedofilia" . "Assim, não temos outro refúgio, outro lugar onde encontrar algum alento, a não ser na Palavra de Deus”, desabafou a psicóloga.


Afirmou que a igreja está inserida na dor geral da humanidade e muitas vezes a experimenta e a vivenciando-a profundamente, como no caso da violência doméstica, notadamente a violência contra as crianças. Alegou que as estratégias de proteção à infância socialmente instituídas,  contêm a sua fragilidade como no caso do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),segundo ela, criado no Brasil como reação à negação de liberdade da Ditadura, com um arcabouço teórico muito bom, mas com uma prática, a seu ver, flexível demais, uma vez que  lança sobre o protegido, criança e adolescente,  um olhar por demais ingênuo e condescendente ignorando, por exemplo, que a alma tende ao mal. Justificando que a pessoa humana já em bebê esboça sentimentos de crueldade, comportamentos violentos, exprime agressividade e manifesta outros instintos. 

Informou que a própria criança demonstra sentir prazer em ver o mal, por exemplo quando  pratica o bullyng. "Depois, de dentro de nós enquanto adolescentes saem tantos impulsos, muitos dos quais mais tarde nos arrependemos com muita tristeza", afirmou. Passou a explicar que, mesmo depois de adultos e ainda quando, regenerados pelo mérito da "Graça" de Deus, ainda assim muitas vezes pecamos por julgarmos os outros, fazer acepção de pessoas, amar com fingimento. "Precisamos é repartir esta graça com os demais. E, certamente para nos proteger da  tentação da arrogância espiritual de que fazemos tudo certo, é que a Bíblia afirma, mais de uma vez que somos pó",  Lembrou. 

Explicou que, como  resultado das décadas de 1960 e 1970, quando concedeu-se liberdade demais porque "era proibido proibir", criou-se gerações sem limites e sem reserva moral. Disse ainda que, as duas décadas seguintes, anos de 1980 e 1990, foi um tempo de intenso sofrimento, sobretudo na família. Segundo ela, houve incremento da violência doméstica, o acirramento dos conflitos familiares e os entre as gerações. Afirmou que, como sempre ocorre, há mais vítimas entre os mais vulneráveis, nestes casos,  sobretudo entre as crianças. Momento em que  surgiu o ECA com a proposta de resolver o problema do abandono destas crianças, mas tratando esta pessoa como se a mesma fosse apenas resultado do meio social doentio onde tem origem, não levando em conta que, como  pessoa, o indivíduo também tem prerrogativas de decisão.

A palestrante disse que, diante de um mundo sobre o qual  a Bíblia afirma: “jaz no maligno” e  para o qual 'não há luz no fim do túnel', as famílias cristãs devem se colocar no lugar do outro, precisam a estarem aptas a acolher, incluindo as pessoas mais obstinadas e improváveis de cura como os psicopatas e os sociopatas. Informou que estas, também,  são vítimas do pecado e reféns do inimigo que domina um mundo em decadência moral e espiritual. Mas, defendeu que, em casos como estes, a igreja não pode assumir o trabalho técnico,"pode e deve encaminhar à ajuda", frisou. 

Sobre os transtornos da sexualidade, que levam aos tão conhecidos abusos de crianças, muito comuns nos dias atuais, afirmou que não estão restritos a uma classe econômica, nem a gênero, por exemplo. Lembrou ainda que há uma avalanche publicitária em torno do mercado do sexo direcionada para novos nichos consumidores, incluindo as mulheres. "Por outro lado, disse, a erotização da infância e os transtornos da sexualidade são grandes fontes sociais de sofrimento e o resultado  está difuso em toda a trama social, afetando indistintamente a todas as pessoas". 

Finalmente, observou que a igreja bíblica ainda é uma ilha atuando como  guardiã da pureza. Afirmou que a mesma deve estar atenta e disposta a zelar e vigiar, "inclusive dentro de nossas próprias casas, detectando os perigos a que as gerações mais novas estão sujeitas", disse.  “O trabalho da igreja será o da Pregação da Palavra de Deus, acolhendo, orando, ajudando, cuidando  e amando. O papel da igreja é tornar-se sensível ao sofrimento e à dor do mundo”, acrescentou. A resposta à pergunta sobre como proceder diante de um mundo que jaz no maligno, segundo a professora, passa pela sintonia com Deus e pela união na igreja, cuidando uns dos outros. A exemplo do que a MCA tem feito ao longo de sua história, lembrou.

Deste modo, a palestrante, que iniciou abordando a violência no âmbito geral,  passou a identificá-la na dinâmica dos pequenos grupos como a família e depois, particularizou-a no nível do indivíduo. A psicóloga afirmou que, para uma atuação eficiente no mundo, a igreja de Jesus Cristo deve ter um perfil consolador. E, em uma última oração, a irmã Susie pediu ao Pai proteção para a igreja bíblica. Pediu proteção também para aqueles que têm a obrigação de zelarem por esta igreja e pelos valores que ela defende e difunde.


Imagens: UFMBPIBGOIÂNIA
                                                                                                                                                                   
                                                                                                                                                                      
                                                                                                                                                                      
     

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