sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

É PROIBIDO PENSAR

O cristão,  cantor e compositor João Alexandre, nasceu em Campinas (SP) onde iniciou sua carreira musical aos 17 anos. Integrou o Grupo Vencedores por Cristo que teve início nos final dos anos 60, sob a liderança do missionário Jaime Kemp, com uma proposta que extrapolava a área musical. O grupo nasceu com o intuito de servir como canal a jovens, especialmente universitários e pré- universitários, para expressarem-se sobre o amor de Deus. (Imagem: www.brasilmetodista.ning.com).

No ano 2007, João Alexandre já perto dos 25 anos de carreira, em carreira solo, divulgava seu décimo quarto trabalho, o polêmico “É Proibido Pensar". Ao contrário de outras letras suas que demonstravam indignação com a corrupção do país, seu dedo crítico voltava-se contra  a superficialidade nas atitudes e postura dentro da própria igreja evangélica brasileira, com claro reflexo nas letras da  música gospel nacional.

A canção "É Proibido Pensar" traz uma reflexão apologética a respeito de tal prática estranha e avessa às Escrituras, criticando a Teologia da Prosperidade que ensina a barganhar com Deus, o retorno aos sacrifícios, o judaísmo cristão, os jargões triunfalistas e as insanidades místicas, apontando ainda que tal pregação atenta contra a autonomia da razão e da inteligência. O álbum chegou na hora do 'boom' religioso brasileiro, onde é construída uma pseudo-religião baseada no sentimentalismo e na manipulação da boa fé do povo.

No campo religioso, exatamente como notou o compositor, tornou-se proibido pensar. A prática está mais próxima de uma letra nada 'gospel' da década de 1960: “Sentimental eu Sou”. O que remete o bom analista a um versículo bíblico de Jeremias 17:9 que afirma: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” e nesta base frágil, cumprem-se as palavras do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo em 2 Timóteo 4:3: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”.



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