Paradoxalmente, o mundo é um
lugar de grande miséria e de grande opulência e desperdício com relação a
alimentos. A distribuição desigual dos
recursos alimentares é fruto da ganância e do egoísmo, que por sua vez são frutos
do pecado, já que pela simples lógica é possível concluir que a alimentação é
um direito natural de todo ser vivo. Na própria Bíblia há relatos de que os
alimentos e a água estiveram associados a poder e riqueza assim como migrações
e guerras à privação de pessoas e animais
ao seu direito natural a estes recursos.
A Bíblia também dá conta de que o
povo hebreu era muito familiarizado com a vida agropastoril, pastoreando
rebanhos e cultivando cereais e frutos. Espécies como o trigo, a cevada, a tâmara,
a romã, a azeitona, o figo e a uva são bem recorrentes nas citações e o próprio
Jesus Cristo ao ensinar sua doutrina, empregou largamente conceitos e figuras
relacionadas à vida no campo.
E foi um destes conceitos, a
analogia que Jesus Cristo estabeleceu entre a videira verdadeira e os ramos, que
a palestrante da tarde do dia 12 de março de 2019, irmã Lúcia Linhares,
destacou. Ela demonstrou junto à MCMPIBGOIÂNIA toda a Teologia Bíblica que tem
como centro a vida e morte de Jesus Cristo, imprescindíveis à salvação da
humanidade, mediante o arrependimento e o perdão.
Com
uma atitude humilde alegando que estava aberta inclusive a eventuais correções,
sua exposição em tom suave, intercalava magistralmente Teologia profunda com
relatos de aspectos triviais de sua própria vivência. E, progressivamente
envolvia as cerca de trinta mulheres que se distribuíram pelo grande salão para
refletirem sobre o tema em questão: “Escolhida para frutificar onde você está
plantada”.
Citou João 15: 1 e 2, onde Jesus
Cristo afirma: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a
vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para
que dê mais fruto” e explicou o processo da poda caracterizando-o como doloroso,
uma vez que desconecta e descarta os ramos estéreis e limpa os produtivos com a
finalidade de que aumentem sua produção em qualidade e quantidade.
Sobre esta dolorida fase da poda
lembrou uma citação de John Stott, um respeitável pastor e teólogo anglicano
britânico, que afirmou: “Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável
à santidade” e informou que a poda parece mais cruel já que ocorre no outono.
Porém, ressaltou que o toco que fica, brota e frutifica na primavera e verão
seguintes, quando os ramos que permaneceram no tronco se apresentarão plenos de
frutos.
Ao final, observou que o homem
por sua natureza decaída é limitado e frágil, razão porque necessita estar
ligado ao tronco para absorver a seiva ou alimento que não pode produzir por si
mesmo. “Separados ou desconectados da videira verdadeira, somos estéreis e
inúteis”, disse a palestrante. O que confirmava as palavras do próprio Jesus
Cristo quando em João 15.5b afirmou: “Sem mim, nada podeis fazer”. Porém, na sequência
lançou o amável e irresistível convite, descrito por João, em João 15:9: “Como
o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.”
*Texto e Imagens: MCMPIBGOIÂNIA
2019 – DECOM
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