segunda-feira, 18 de março de 2019

ESCOLHIDA PARA FRUTIFICAR ONDE VOCÊ ESTÁ PLANTADA




Paradoxalmente, o mundo é um lugar de grande miséria e de grande opulência e desperdício com relação a alimentos.  A distribuição desigual dos recursos alimentares é fruto da ganância e do egoísmo, que por sua vez são frutos do pecado, já que pela simples lógica é possível concluir que a alimentação é um direito natural de todo ser vivo. Na própria Bíblia há relatos de que os alimentos e a água estiveram associados a poder e riqueza assim como migrações e guerras  à privação de pessoas e animais ao seu direito natural a estes recursos.  

A Bíblia também dá conta de que o povo hebreu era muito familiarizado com a vida agropastoril, pastoreando rebanhos e cultivando cereais e frutos. Espécies como o trigo, a cevada, a tâmara, a romã, a azeitona, o figo e a uva são bem recorrentes nas citações e o próprio Jesus Cristo ao ensinar sua doutrina, empregou largamente conceitos e figuras relacionadas à vida no campo.  

E foi um destes conceitos, a analogia que Jesus Cristo estabeleceu entre a videira verdadeira e os ramos, que a palestrante da tarde do dia 12 de março de 2019, irmã Lúcia Linhares, destacou. Ela demonstrou junto à MCMPIBGOIÂNIA toda a Teologia Bíblica que tem como centro a vida e morte de Jesus Cristo, imprescindíveis à salvação da humanidade, mediante o arrependimento e o perdão.  
Com uma atitude humilde alegando que estava aberta inclusive a eventuais correções, sua exposição em tom suave, intercalava magistralmente Teologia profunda com relatos de aspectos triviais de sua própria vivência. E, progressivamente envolvia as cerca de trinta mulheres que se distribuíram pelo grande salão para refletirem sobre o tema em questão: “Escolhida para frutificar onde você está plantada”.

Citou João 15: 1 e 2, onde Jesus Cristo afirma: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” e explicou o processo da poda caracterizando-o como doloroso, uma vez que desconecta e descarta os ramos estéreis e limpa os produtivos com a finalidade de que aumentem sua produção em qualidade e quantidade.

Sobre esta dolorida fase da poda lembrou uma citação de John Stott, um respeitável pastor e teólogo anglicano britânico, que afirmou: “Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável à santidade” e informou que a poda parece mais cruel já que ocorre no outono. Porém, ressaltou que o toco que fica, brota e frutifica na primavera e verão seguintes, quando os ramos que permaneceram no tronco se apresentarão plenos de frutos.

Ao final, observou que o homem por sua natureza decaída é limitado e frágil, razão porque necessita estar ligado ao tronco para absorver a seiva ou alimento que não pode produzir por si mesmo. “Separados ou desconectados da videira verdadeira, somos estéreis e inúteis”, disse a palestrante. O que confirmava as palavras do próprio Jesus Cristo quando em João 15.5b afirmou: “Sem mim, nada podeis fazer”. Porém, na sequência lançou o amável e irresistível convite, descrito por João, em João 15:9: “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.”















*Texto e Imagens: MCMPIBGOIÂNIA 2019 – DECOM

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