sexta-feira, 17 de junho de 2011

MACONHA- MARCHA LIBERADA

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última quarta-feira, pela liberação das chamadas marchas da maconha no Brasil. Os oito ministros presentes à sessão votaram unanimemente com o relator, favoravelmente às manifestações, com base na garantia da liberdade de expressão prevista na Constituição Brasileira. O ministro Celso de Mello, relator do processo, salientou em seu voto a liberdade de expressão e de reunião e do direito à livre manifestação do pensamento, princípios fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988. Afirmou que a Constituição "assegura a todos o direito de livremente externar suas posições, ainda que em franca oposição à vontade de grupos majoritários". Para ele, as manifestações pela descriminalização das drogas se encaixa no "insuprimível" direito dos cidadãos de protestarem, de se reunirem e de emitirem opinião em público, desde que pacificamente.

A ação, que foi ajuizada no STF pela Procuradoria-Geral da República em 2009 e julgada nesta semana, foi proposta para questionar a interpretação que o artigo 287 do Código Penal tem eventualmente recebido da Justiça, que tem considerado que as chamadas marchas pró-legalização das drogas constituem apologia ao crime. A partir de agora, a Justiça não poderá proibir protestos e eventos públicos desta natureza.

O mesmo princípio ampara as demais manifestações livres e pacíficas no país, incluindo as religiosas como a “Marcha para Jesus” (que alguns afirmam que para Jesus nunca foi); a Parada Gay; a Marcha das Vadias, assim como todas as manifestações diversificadas que são no Brasil das misturas, recém saído da mordaça inclemente da ditadura. Liberdade de expressão é uma conquista da sociedade brasileira, ávida por se exprimir, em suas virtudes e mais ainda em seus vícios. O Supremo Tribunal Federal garantiu tal liberdade, dentro de sua principal atribuição, a de atuar como guardião da Constituição Federal.
______________________________________________________________________________________


O Brasil, que suspendeu a propaganda do tabaco, que associava imagens de celebridades com frases de efeito como: “Ao sucesso com Hollywood” e estabeleceu a obrigação de veicular nos maços do cigarro imagens de deformidades, relacionando o produto à seqüela, conseguiu reduzir o consumo, atacando a propaganda enganosa. Novamente permite, sob “os holofotes libertários das massas”, que gerações de incautos sejam atraídas para a maconha. Atribui um peso extra à sociedade brasileira, já curvada ante multidões de mortos-vivos gerados em suas cracrolândias de todos os sotaques. É gravíssima a disposição social da legalização, marchando indiferente aos alertas sobre os danos causados pela droga. As autoridades médicas informam que as seqüelas da maconha no organismo humano são no mínimo iguais, às causadas pelo cigarro de tabaco.
___________________________________________________________________________


MACONHA-
A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificamente de Cannabis sativa. Em outros países ela recebe diferentes nomes como: Hashish; Bangh; Ganja; Diamba; Marijuana; Marihuana. Ela já era conhecida há pelos menos 5.000 anos, sendo utilizada quer para fins medicinais, quer para “produzir risos”. O THC (tetrahidrocanabinol) é uma sustância química fabricada pela própria maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época da colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos.

Efeitos- os efeitos que a maconha produz sobre o homem são físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos físicos e psíquicos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se considera, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorrem apenas algumas horas após fumar) e crônicos (conseqüências que aprecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos). Os efeitos agudos são muitos poucos: os olhos ficam meio avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca (e lá vai outra palavrinha médica antipática: xerostomia - é o nome difícil que o médico dá para boca seca) e o coração dispara, de 60-80 batimentos por minutos, pode chegar a 120-140 ou até mesmo mais (é o que médico chama de taquicardia). Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilaridade). Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando. É o que comumente chamam de “má viagem” ou “bode”. Há ainda evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo na memória e atenção. 

Assim sob a ação da maconha a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo tendo a sensação que se passaram horas quando na realidade foram alguns minutos; um túnel com 10 metros de comprimento pode parecer ter 50 metros ou 100 metros. Quantos aos efeitos na memória eles se manifestam principalmente na chamada memória a curto prazo, ou seja, aquele que nos é importante por alguns instantes. Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até as alterações mais evidentes com predominância de delírios e alucinações. Delírio é uma manifestação mental pela qual a pessoa faz um juízo errado do que vê e ouve; por exemplo, sob a ação da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma ambulância e julga que é a polícia que vem prendê-la; ou vê duas pessoas conversando e pensa que ambas estão falando mal ou mesmo tramando um atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguição (delírios persecutórios) pode levar ao pânico e, conseqüentemente, a atitudes perigosas (“fugir pela janela”, agredir as pessoas conversando em “defesa” antecipada contra a agressão que julga estar sendo tramada). Já a alucinação é uma percepção sem objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou vê duas pessoas conversando quando não existe a sirene e as pessoas. As alucinações podem também ter fundo agradável ou terrificante. 

Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior importância. De fato, com o continuar do uso, vários órgãos do nosso corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como irão ficar estes órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumaça que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como é o tabaco comum. Essa irritação constante leva a problemas respiratórios (bronquite), aliás como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumaça contém alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido como agente cancerígeno. 

Ainda não está provado cientificamente que a pessoa que fuma maconha cronicamente está sujeita a contrair câncer dos pulmões com maior facilidade, mas os indícios em animais de laboratório de que assim pode ser ser são cada vez mais fortes. Outro efeito físico adverso (indesejável) do uso crônico da maconha refere-se à testosterona. Este é o hormônio masculino; como tal confere ao homem maior quantidade de músculos, a voz mais grossa, a barba, também é responsável pela fabricação de espermatozóides no líquido espermático (medicamente esta diminuição chama-se oligospermia) o que leva a uma infertilidade. Ou seja, o homem terá mais dificuldades de gerar filhos. Este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a planta. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual; ele fica somente com a esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.

 Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da maconha interfere com a capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e importância. Este efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso a maconha pode levar alguma pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar o uso de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor. Sem referir os problemas de comportamento já citados, é conhecido que: fumar maconha traz os mesmos problemas que fumar cigarro de tabaco: bronquite, asma, faringite, enfisema e câncer; há maior risco de sofrer acidentes de trânsito; diminui a imunidade, aumentando a chance de haver infecções; se for usada durante a gravidez, existe a possibilidade de prejudicar o feto.
*
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por ter vindo!