terça-feira, 3 de julho de 2012

O TESOURO E O CORAÇÃO

Nem sempre é tarefa fácil para cada pessoa identificar o que é e onde se encontra o seu tesouro. Mas ninguém nega que é com o coração que se procura por ele.

Jesus partiu da concepção de que tesouro é a mais especial aquisição do homem e  coração, o centro das emoções deste mesmo homem, quando recomendou, em Mateus 6.19: "Não ajunteis tesouros na terra onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam". Explicou a seguir, em Mateus 6.21: "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". E, em outra parte da Bíblia, Jeremias 17.9, pode-se ler que também o coração humano não é confiável. Está escrito: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?  

Mediante o que está posto, o que cabe ao homem é unicamente definir o lugar de ambos, tesouro e coração, nesta ordem, já que o primeiro atrairá o segundo. Ato que acompanha a consciência de que o tesouro, como símbolo de segurança na terra, não resiste  à  traça, nem aos ladrões, nem à ferrugem. E o coração, que atuaria como bússola, norteando a vida, é "mais enganoso do que todas as coisas, e perverso'.  

Tais ensinos jogam luz sobre uma verdade, não raro, inconveniente. Estamos de passagem  por um mundo material que supomos concreto e palpável, mas na realidade é tansitório e volátil e caminhamos na cadência de uma contagem regressiva, inaugurada no dia do nosso nascimento. A razão imperiosa por se decidir onde depositar o tesouro é que, nesta contagem implacável, um dia a mais é, literalmente, um dia a menos.

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