Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o humorista, ator e escritor Chico Anysio morreu na tarde desta sexta-feira (23), com 80 anos de idade. Faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos, após uma parada cardiorrespiratória, no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro, onde estava internado.
(Imagem: Leonardo Wen/Folhapress- 2009)
Em agosto de 2010, o humorista passou 19 dias internado no mesmo hospital, depois de ser submetido a uma cirurgia para retirada de parte do intestino. Em outubro, voltou ao hospital por cinco dias para aliviar uma crise de dores nas costas e, ao longo de 2011 o artista passou por consecutivos períodos de internação, sendo submetido a diferentes procedimentos na tentativa de prolongar-lhe a vida. Porém, nos últimos dias, Chico Anysio sofreu uma piora, apresentando queda da pressão arterial, falência dos rins e finalmente uma parada cardiorespiratória irreversível, vindo a falecer.
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Vida, obra e família-Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no município de Maranguape, Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Aos oito anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Aos 14 anos, passou a frequentar programas de calouros em rádios cariocas e paulistas. Seu primeiro contrato de trabalho foi na Rádio Guanabara, onde, depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Chico também chegou a fazer novelas, mas preferiu seguir a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Na carreira de humorista fez mais de 200 personagens. Começou na TV em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio. O personagem já tinha estrelado por muito tempo a Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso. Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou. Em 1969, o humorista foi para a TV Globo, onde consagrou programas como "Chico Anysio Show", "Chico City", "Estados Anysios de Chico City", "Chico Total" e "Escolinha do Professor Raimundo". Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como a "Salomé", o "Painho", o famoso "Profeta" e tantos outros. Recentemente, fez participações em folhetins da Globo como "Caminho das Índias" (2009), "Pé na Jaca" (2007) e "Sinhá Moça" (2006). Atualmente fazia parte do elenco de "Zorra Total". Chico era ainda pintor, compositor e escritor, tendo lançado 17 livros. Chico Anysio foi casado seis vezes e deixa oito filhos, sendo um adotivo: Lug de Paula, André Lucas, Cícero Chaves, Nizo Neto, Bruno Mazzeo, Rico Rondelli, Rodrigo e Vitória.
Em entrevista, concedida em 2002, Chico Anysio afirmou: "Tenho muita pena de morrer!". E, certamente o Brasil inteiro, nos dias da morte e velório do artista multifacetado e genial, faz sua tal expressão de pesar. Fora isto, o que se deduz é que o confronto inexorável com a morte chega para todos, anônimos parvos ou ilustres geniais. Tal confronto tem hora marcada porque a vida tem prazo de validade. É o que afirma o verso 10 de Salmos 90: “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando”.
Em agosto de 2010, o humorista passou 19 dias internado no mesmo hospital, depois de ser submetido a uma cirurgia para retirada de parte do intestino. Em outubro, voltou ao hospital por cinco dias para aliviar uma crise de dores nas costas e, ao longo de 2011 o artista passou por consecutivos períodos de internação, sendo submetido a diferentes procedimentos na tentativa de prolongar-lhe a vida. Porém, nos últimos dias, Chico Anysio sofreu uma piora, apresentando queda da pressão arterial, falência dos rins e finalmente uma parada cardiorespiratória irreversível, vindo a falecer.
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Vida, obra e família-Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no município de Maranguape, Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Aos oito anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Aos 14 anos, passou a frequentar programas de calouros em rádios cariocas e paulistas. Seu primeiro contrato de trabalho foi na Rádio Guanabara, onde, depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: ator, locutor, redator e comentarista esportivo. Chico também chegou a fazer novelas, mas preferiu seguir a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Na carreira de humorista fez mais de 200 personagens. Começou na TV em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio. O personagem já tinha estrelado por muito tempo a Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso. Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou. Em 1969, o humorista foi para a TV Globo, onde consagrou programas como "Chico Anysio Show", "Chico City", "Estados Anysios de Chico City", "Chico Total" e "Escolinha do Professor Raimundo". Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como a "Salomé", o "Painho", o famoso "Profeta" e tantos outros. Recentemente, fez participações em folhetins da Globo como "Caminho das Índias" (2009), "Pé na Jaca" (2007) e "Sinhá Moça" (2006). Atualmente fazia parte do elenco de "Zorra Total". Chico era ainda pintor, compositor e escritor, tendo lançado 17 livros. Chico Anysio foi casado seis vezes e deixa oito filhos, sendo um adotivo: Lug de Paula, André Lucas, Cícero Chaves, Nizo Neto, Bruno Mazzeo, Rico Rondelli, Rodrigo e Vitória.
Em entrevista, concedida em 2002, Chico Anysio afirmou: "Tenho muita pena de morrer!". E, certamente o Brasil inteiro, nos dias da morte e velório do artista multifacetado e genial, faz sua tal expressão de pesar. Fora isto, o que se deduz é que o confronto inexorável com a morte chega para todos, anônimos parvos ou ilustres geniais. Tal confronto tem hora marcada porque a vida tem prazo de validade. É o que afirma o verso 10 de Salmos 90: “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando”.
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