quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

HISTÓRICO UFMBG- JÁ PUBLICADOS-3T2003- Visão Missionária


Histórico da União Feminina Missionária Batista de Goiás

64 anos- 1939-2003

A história conta que no dia 26 de julho do ano de 1727 foi fundado, às margens do Rio Vermelho, o Arraial de Sant’Ana, que mais tarde passou a ser chamado Vila Boa e depois Cidade de Goiás, que foi capital do Estado por 200 anos e, em 200, recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Surgiram depois, em outras regiões auríferas, os povoados de Meia Ponte(atual Pirinópolis), Ouro Fino, Santa Rita de Anta, Santa Cruz, Crixás, São José, Água Quente e Traíras, que, com a decadência do ouro, permaneceram estagnados ou simplesmente desapareceram. Por volta de 1930, o Estado transferiu sua capital para Goiânia, porém continuou bastante isolado em relação ao resto do país. Sua integração com outras regiões só começou a se estabelecer com a implantação das primeiras ferrovias. Em 1960 houve a transferência da capital federal para o Planalto Central e as ferrovias foram sendo relegadas a segundo plano. Dez anos depois, o Estado, como o resto do país, havia assumido outra opção de transporte. Goiás tem hoje uma boa malha rodoviária, onde trafega uma das maiores e melhores frotas de veículos do país e por onde passam turistas do mundo inteiro, interessados em outra riqueza da terra dos goiases: sua beleza. Esta não apenas encontrada nos leitos e nas margens dos rios, mas distribuídas no casario das ladeiras, nas fontes de água quente, nas grutas e cavernas, nas figuras esculpidas pelo vento, cachoeiras e praias fluviais. Uma riqueza que não reluz ao sol como o ouro, mas se reflete no brilho dos olhos do mundo ante a exuberante diversidade ambiental e arquitetura colonial bem preservada no coração do Brasil.


Os Batistas em Goiás-Desde a primeira metade do Século XVIII, com a fundação das primeiras vilas goianas até a construção de Goiânia, o acesso ao interior do Brasil era bastante precário, mas foi em tais condições que o trabalho batista atingiu o Estado nos primeiros anos do Século XX. Datam do ano de 1914 as primeiras incursões dos batistas em território goiano. O Dr. Ernest A. Jackson chegou ao norte de Goiás, hoje Tocantins, e o missionário Salomão Ginsburg, vindo de Sáo Paulo, se instalou na região Centro- Sul e organizou em Catalão, no ano de 1920, a primeira congregação batista em solo goiano, que foi convertida em igreja seis meses depois. No primeiro momento de sua história, os batistas em Goiás estavam vinculados à Primeira Igreja Batista de Sáo Paulo, Largo Goyanases. Porém, após a morte de Salomão Ginsburg, em 1927, e a chegada de seu substituto vindo do Campo Mineiro, o Campo Goiano passou à jurisdição da Convenção Batista do Estado de Minas Gerais, formando o Campo Mineiro-Goiano. Este sofreu uma falta de sequência nos trabalhos até 1934, quando chegou ao Estado um dos pioneiros da obra batista no Brasil, o pastor norte-americano Daniel Frank Crosland. Daniel Frank Crosland trabalhou na então recém-organizada Igreja Batista em Ipameri por três anos. Em 1937 ele se transferiu para a nova capital do Estado e, no dia 30 de janeiro de 1938, fundou a Primeira Igreja Batista em Goiânia, tornando-se seu primeiro pastor. O passo seguinte foi a criação da Convenção Batista Goiana, no ano de 1939, em cuja primeira Assembléia organizou-se o trabalho feminino da denominação em Goiás.

União Feminina Missionária Batista Goiana-No dia 21de julho de 1923, haviam sido organizadas, então, duas sociedades femininas, nas cidades de Ipameri e Cristalina, por iniciativa da missionária norte-americana Emma Ginsburg. Dezesseis anos mais tarde, no dia 23 de julho de 1939, na cidade de Morrinhos, organizou-se a União Estadual das Sociedades de Senhoras do Estado de Goiás, com quatro sociedades representadas por 19 pioneiras. Em 2003, portanto, a União Feminina Missionária Batista Goiana completou 64 anos de existência. Com um lugar no coração do povo batista do Estado e uma presença marcante na vida de suas igrejas. O trabalho da UFMB-GO não apenas marcou as igrejas batistas da época, como também marca profundamente as igrejas de hoje. E, com certeza, ainda repercutirá na vida e obra das gerações futuras, que investigarão sua história e se inspirarão em seu exemplo.

Primeira Década (1939-1949) Os nomes que mais se destacaram na primeira década foram: Emma Ginsburg, Ymogene McNealy, Francis Bagby, Alma Jackson, Virgínia Crosland, Flora Rodrigues, Segifredina Moraes, Lídia de Roure, Regina Estrela Laurinda Santos, Georgina Aguiar, Sebastiana Domingues, Jonas Aguiar Mohn, Júlia Antunes, Leonor de Castro Bastos, Hermínia Elisiária, Maria Cavalcante, Dorcas de Roure, Edith Fernandes Guerra, Maria A. Santos, Anair Costa, Carolina Picinere Araújo e Amália Mohn. Organizou-se a Sociedade Juvenil para atender crianças de quatro a oito anos na área de missões nas cidades de Morrinhos e Ipameri. A líder desta Sociedade foi a irmã Ymogene McNealy. Foi criado também o Plano de Sustentação Financeira para a União Geral de Senhoras e Missões Estaduais. Criou-se também a Organização para Moças, cuja primeira líder foi a Dra. Amália Mohn. E, o Cargo de Itinerante foi primeiramente ocupado pela missionária norte-americana Alma Jackson. A UFMBG terminou a primeira década com 16 Sociedades Femininas, 1 Sociedade de Moças e 2 Sociedades de Crianças.

Segunda Década (1949-1959) Somam-se aos anteriores os seguintes nomes: Virgínia Buddin, Jane Musgrave, Salle Ann Fite, Zedite Gomes Cassiano, Dorcas Roure, Euduméia Hassel Mendes, Lila de Almeida, Nívea Batista dos Santos, Cremeilda Dias, Madalena de Roure, Dalila Costa, Carolina de Araújo, Anita de Roure, Alya Costa, Alcione Nogueira Brito e Élia Costa. Neste período, a Itinerante era a irmã Daria Gláucia de Andrade. Houve a criação da Organização das Mensageiras do Rei no Estado, cuja primeira líder foi Jane Musgrave. Foi também criada e composta a Primeira Comissão Executiva da UFMBG. Ao final da segunda década a UFMBG tinha 28 Sociedades Femininas, 1 Sociedade de Moças, 1 Organização Mensageiras do Rei e 4 Sociedades de Crianças.

Terceira Década (1959-1969)-Agregaram mais os seguintes nomes:Mary Burton, Hilda Cowsert, Farolyn Ann Hensley, Betty Dixon, Avany Ribeiro Silva, Ielva Lindoso, Inalda Rocha, Dinah Atayde Cavalcante, Guaracy Duduch, Rosita Guilhardi, Alma Jackson, Deusina Souza, Gerônima Ribeiro, Edezita Feitosa. Nesta década foi aprovado o Estatuto da UFMBG.

Quarta Década (1969-1979)-Acrescentaram-se mais os seguintes nomes: Dorotha Del Lott, Billy Wilson, Maria Rita Álvares, Ruth Milhomen Jacobina, Ielza Menezes, Eva Bezerra dos Santos, Cecília Bossua Mulatinho, Dináh Antunes de Oliveira, Duny Mir Álvares, Mirian Dias de Oliveira, Auta Guilhermina dos Santos, Elza Ribeiro Duarte, Josefina Moreira, Ozélia Rocha Ventura, Hélia Domingues Bonifácio, Waldecy Oliveira da Costa, Ildene Oliveira Menezes, Sedar Borges do Nascimento, Noêmia Rodrigues Carvalho e Elizabete Carvalho. A UFMBG era responsável pelo Acampamento Estadual de Jovens e pelo programa da Semana de Oração de Missões Estaduais. Como Itinerantes estavam as irmãs Angelita Rodrigues Rocha, Durvalina Brasil Pereira e Leila Barreiro Galvão. Foram criados os Fundos Educacionais Alma Jackson e Hilda Cowsert para ajudar alunas do IBER.

Quinta Década (1979-1989)- A liderança foi acrescida dos nomes que se seguem: Brenda Walker, Elza Vaz, Mércia Araújo Abrantes, Celina Hassel Mendes, Maria de Lourdes R. Ancelmo, Margarida Guilliardi , Deusdete Barreto, Marly dos Santos, Elciene Cristina, Elizabete Gradella, Cristina Arantes, Rute José Ferreira, Dirce Cordeiro, Vivian Aldenir Cazzali Xavier, Luciene Mesquita, Hozanavate Xavier, Divina Veloso do Carmo, Joana Darc Oliveira França, Maria Sebastiana F. Silva, Elza Marques, Aciolina Ramos Magalhães, Berenice Batista, Maria Amâncio Gonçalves, Edna Campos, Odávia Alves Nogueira, Maria Emília Nogueira, Sílvia Lúcia Antunes, Iracene Nogueira, Lunildes Lopes Fernandes, Alice Mota, Geni Monteiro Neto, Mirtes Santos de Macedo, Marlene dos Santos Lima, Iracy Messias de Oliveira, Marilane Busquei Barbosa, Ursula Regina da Gama Leite, Zelinda Rocha, Rita Paixão Álvares, Terezinha Canedo da Silva, Helena Martins Melo, Hélia Domingues Bonifácio e Rute Naves. A UFMBG homenageou a irmã Salle Fitte, conferindo-lhe o título de Secretária Executiva Emérita. Recebeu a Assembléia da CBB e UFMBB, sob a liderança da relatora Maria Rita Álvares. Foram lançadas três campanhas: a campanha de utensílios para cozinha para a cozinha do Orfanato Pr. David Gomes, de utensílios e plantas para o ACAMBAGO(Acampamento Batista Goiano) e de roupas de cama, banho e cortinas para Águas de Meribá (Centro Batista Feminino de Recuperação). Foi realizado o Primeiro Congresso Estadual de Mensageiras do Rei. Foi fundado o Fundo Educacional Salle Fitte para ajudar alunas do Seminário Teológico Batista Goiano. A UFMBG nesta década tinha 75 Sociedades Femininas, 17 Sociedades de Moças, 27 Organizações Mensageiras do Rei e 14 Sociedades de Crianças. Eram, ao todo, 140 Organizações.

Sexta Década (1989-1999)- O exército de valorosas irmãs continua crescendo e agregam-se mais: Luzinete Azevedo Nogueira, Emília Nogueira, Hadenilda Junqueira, Josefa Moreira Dourado, Enelice Milhomem Teixeira, Josefa Feitosa Almeida, Lindiomar Santana Santos, Roseli Antunes Barreira, Suelma Souza Lima Andalécio, Doralice Luiz Araújo, Dalva Maria Souza Nunes, Dalvina Maciel de Miranda, Cristina Bahia, Damiana Aparecida Santos. Foram realizadas atividades em comemoração ao Jubileu de Ouro da UFMBG como o culto na PIB (Primeira Igreja Batista em Goiânia) e a apoteose na cidade de Morrinhos, por ocasião da Assembléia Convencional. Em 1998 o Campo recebeu, pela segunda vez, a CBB e UFMBB, no Centro de Convenções de Goiânia. A relatora da Comissão de Recepção da União Feminina foi a irmã Waldecy Oliveira da Costa. Eram, ao final de sua sexta década, 126 MCAs (Mulheres Cristãs em Ação), 21 JCA( Jovens Cristãs em Ação), 39 Organizações de Mensageiras do Rei, 20 Amigos de Missões, envolvendo um total de 2.640 pessoas no trabalho.
Rumo à Sétima Década)- São decorridos mais três anos em sua sétima década e hoje são 217 Organizações, sendo que são: 146 MCAs, 10 JCAs, 50 MR e 11 AM. O trabalho feminino batista está presente em quase todas as igrejas do Estado e algumas congregações. Envolve, diretamente, mais de 2.700 pessoas, num contingente denominacional superior a 15.000 membros.


Presidentes UFMBG
*1-Maria Cavalcante- 1939.
2-Ymogene McNealy- 1939/40/42.
3-Amália Mohn- 1943/44/46/59/61/66/67/72/73/83.
4-Leonor de Castro de Bastos- 1945.
5-Carolina Picinele- 1948/49.
* 6-Maria Alves Santos-1948.
7-Francis Bagby-1949/50.
8-Virgínia Budin- 1950/51/52/53/54.
9-Jane Musgrave-1953.
10-Eudméia Hassel Mendes Silva-1954/57.
11-Dalila Carvalho Maia-1955/56.
*12-Alcione Nogueira Brito-1958/59.
13-Zedite Gomes Cassiano-1958/64/65/71/77/78/85/86/92.
14-Salle Ann Fite-1960.
15-Maria Amâncio Gonçalves-1962/87/88/90/91/98/2000.
16-Guaracy Duduch-1963/64/67/68/69.
17-Eva Bezerra- 1969/79.
18-Élvia Lindoso-1970.
*19-Elza de Souza Marques-1974/75.
20- Maria Rita Álvares- 1976/81/82/84.
21- Alya Gonçalves Silva- 1980.
22- Lunildes Lopes Fernandes-1989
23-Lindiomar Santana dos Santos-1993/94/95.
24-Dalva Maria Silva Nunes-1996-97.
25-Sédar Borges Nascimento-2000.
26-Deusdete Barreto-2002.


Secretárias Executivas UFMBG
Hermínia Eliziária- 1939/40.
Amália Mohn- 1942/48/82.
Ymogene McNealy-1943/46.
Noemi Castro- 1944.
Carolina Araújo-1944.
Alma Jackson- 1949/50/51/52/63/64.
Virgínia Budin-1953/54.
Beatriz Dias-1955.
Jane Musgrave-1956/57.
Alcione Nogueira Brito-1958.
Elia Costa-1959.
Mary Burt- 1960/61/62.
Salle Ann Fite-1965/66/75/77/78/79/80/81/82/83/84/85.
Hilda Cowsert- 1967/68/69/70/71/72/73/74/76.
Beth Dixon- 1970.
Úrsula Gama Leite-1979.
Vlandete do Rosário Silva- 1985/86/87/88/89/90/91/92/93/94/95/96/97/98/99/2000/01/02...

Nomes como estes escreveram com letras de ouro a história do trabalho batista feminino em Goiás. Mas que dizer das centenas de mulheres que dedicaram suas vidas construindo a UFMBG, cujos nomes não figuram neste breve relato? Elas têm um lugar especial para este povo, que registra no coração as histórias e nomes que os livros não podem conter. Graças ao trabalho empreendido por homens e mulheres, de ontem e de hoje, as gerações futuras saberão onde fica Goiás. Tudo fazendo para honra e glória do nome de Jesus. A mulher goiana, por sua vez, conhece as relevantes implicações de seu desempenho social na construção do Centro-Oeste brasileiro. Sabe que Goiás é limitado ao Norte pelo Tocantins, ao Sul por Mato Grosso do Sul, a Oeste por Mato Grosso e a Leste pela Bahia e Minas Gerais. Mas a mulher cristã batista goiana sabe também, e sobretudo, que, para cima e para o alto, só há o céu por limite.
*


Referências Bibliográficas:
PALACIN, LUIZ- O Século do Ouro em Goiás, Edit. Oriente, 1927.
JOSÉ DA CUNHA BASTOS JÚNIOR-Lineamentos da História dos Batistas em Goiás Edição do autor, 1988.
PAULO ANDRÉ OLIVEIRA DA COSTA, O Seminário Teológico Batista Goiano e sua Influência Cultural e Religiosa no Estado de Goiás. Monografia, UCG, 2001.
LIVROS DE ATAS UFMBG No.01 e 02-Arquivos da UFMBG.
AMÁLIA MOHN, Relatório Escrito- Arquivos UFMBG, 1983.
WALDECY OLIVEIRA COSTA, Programa do Jubileu de Ouro da UFMBG, Arquivos UFMBG, 1998.



Por Carmelita Graciana –GO (Jornalista) e
Vlandete do Rosário Silva- Sec. Exec. Tesoureira UFMBG.

___________________________________________________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por ter vindo!